O Plenário do Senado decidiu nesta quarta-feira(), adiar a votação do projeto que institui o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS). A matéria, que volta à pauta na próxima terça-feira, é vinculada ao Programa de Aceleração do Crescimento e viabiliza a aplicação de recursos do FGTS em obras de infra-estrutura, tais como empreendimentos nos setores de energia, rodoviário, ferroviário, portuário e de saneamento.

Apesar da votação ter sido adiada, os senadores debateram a matéria durante toda a tarde de ontem. O senador Inácio Arruda apresentou emenda à proposta que foi acolhida. Ela cria mecanismo de proteção às contas vinculadas e garante a rentabilidade do Fundo de Investimento. “O objetivo é proteger parte das contas do Fundo, que pertencem aos trabalhadores, o que dá uma segurança um pouco maior a eles, que são os investidores principais”, explicou. Isso porque boa parte do dinheiro aplicado no FGTS é utizado para compras de título da dívida: “Ninguém nunca levanta o fato de que bilhões e bilhões de reais do Fundo de Garantia têm ancorado o pagamento da dívida ou são entesourados para proteger a dívida brasileira, ou seja, ficam imobilizados nesse pagamento”, criticou.  “Estamos procurando fazer com que parte desse dinheiro, cerca de 80%, seja garantida, pois esses recursos não têm garantia alguma quando são usados para comprar títulos. Se os títulos estão indo bem, você está ganhando, mas se esses títulos evaporarem, adeus também ao Fundo de Garantia dos trabalhadores”, destacou.

Segundo a emenda de Inácio, a parte do dinheiro do FI-FGTS englobada dentro da garantia mínima será destinada a projetos de desenvolvimento com garantia de retorno. “Isto é muito interessante para os trabalhadores brasileiros: por meio de um fundo seu, vão patrocinar o desenvolvimento de nosso País. E mais: áreas significativas, como habitação e saneamento, não sofrerão solução de continuidade nos programas que já estão sendo veiculados pelo Governo por intermédio desse fundo”, explicou o Senador.