O chefe do comando estratégico operacional das Forças Armadas da Venezuela, general José González, disse nesta sexta-feira () que a Venezuela está "sob ameaça" dos Estados Unidos e de sua Quarta Frota, e há "várias outras conspirações" contra o governo de Hugo Chávez.

Na quinta-feira, o governo Chávez anunciou a prisão de militares que estariam envolvidos em uma suposta tentativa de golpe militar.

Diante da Assembléia Nacional, González disse que "não pode ser melhor" a coesão entre os militares.

"Podemos garantir a todo o povo a total e absoluta unidade militar e sua extraordinária coestão", disse. Ele acrescentou que já foram desmontados "milhares de tentativas" para derrubar e matar Chávez.

Ele admitiu que alguns oficiais da ativa estavam implicados na última tentativa de golpa, mas disse que não era um "número significativo".

Questionado pelos parlamentares sobre as denúncias de Chávez de que, por trás destes planos, está os Estados Unidos, o general confirmou, mas não deu detalhes.

A declaração ocorre em um momento de tensão na região. Na quinta-feira, Chávez expulsou o embaixador norte-americano no país, em apoio à decisão de seu aliado, o presidente boliviano, Evo Morales, que também expulsou o embaixador dos EUA em seu país. Washington respondeu na mesma moeda.

A crise diplomática começou por causa dos protestos de oposicionistas ao governo Morales, que já provocaram ao menos oito mortes e causaram a interrupção parcial do abastecimento de gás natural boliviano para Brasil e Argentina.