A perícia médica previdenciária não pode abrir mão do seu Movimento pela Excelência e Autonomia do Ato Médico Pericial. A afirmação é do presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Dr. Roberto d’Ávila, que participou na noite de ontem no Rio de Janeiro, da abertura oficial do 3º Congresso Brasileiro de Perícia Médica Previdenciária. Segundo d’Ávila, a ANMP é uma importante parceira do Conselho e tem com sua atuação conjunta, reafirmado a importância da perícia previdenciária.
O evento, que reúne quase mil peritos durante dois dias no Centro de Convenções Sul América, no Centro do Rio, debaterá além das questões éticas, a reestruturação da perícia médica previdenciária proposta pelo governo e a reformulação da carreira. “O perito não tem que obedecer às normas éticas da Previdência. Ele deve obediência administrativa, não ética. A obediência ética ele deve às normas ditadas pelo Conselho Federal de Medicina”, afirmou Roberto d’Ávila.
A cerimônia de abertura do 3º Congresso foi marcada pelo reconhecimento da importância do perito médico previdenciário para o governo e para a sociedade. Fizeram parte da Mesa Diretora de Abertura do Congresso, além do presidente da ANMP, Luiz Carlos de Teive e Argolo e Roberto d’Ávila, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), a diretora de Saúde do Trabalhador do INSS, Filomena Bastos, representando o ministro da Previdência Garibaldi Alves; o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, Jorge Darze; a assessora da Subsecretaria Geral de Fazenda do Estado do Rio, Carolina Botelho, representando o Dr. Paulo Tafner, subsecretário geral da Fazenda do Estado e o presidente da Comissão Científica do Congresso, Dr. Geilson Gomes de Oliveira.
O presidente da ANMP em seu discurso de abertura do evento reafirmou a importância da capacitação profissional e da reabertura do diálogo com o governo. “Pela primeira vez o Congresso não será voltado somente para o aperfeiçoamento técnico e científico da perícia, mas terá um viés político e estará voltado para a rediscussão de nossa carreira e de nosso futuro enquanto servidores do Estado e principais artífices de uma Previdência Social Pública, voltada ao atendimento de todos os cidadãos que fazem jus aos benefícios previdenciários”.
Argolo afirmou que “fortalecer nossa carreira e defender os interesses dos segurados são as principais prioridades da perícia. O fortalecimento passa necessariamente pela reestruturação proposta pelo governo de um novo modelo de perícia, que já está em discussão no seio de nossa categoria”.
O senador Inácio Arruda, que foi um dos agraciados com a Medalha de Honra ao Mérito Previdenciário, reafirmou a importância da perícia para o governo e segurados. “Esta é uma categoria de servidores públicos. Uma categoria forte capaz de responder às necessidades do povo”, afirmou Arruda. Ao defender o crescimento econômico e a educação para todos os brasileiros, o senador cearense afirmou que “um país capenga, atrasado, que não cresce, que não ajuda seu povo não tem previdência. Ela quebra”.
Segundo Inácio Arruda ele acompanhou de perto a luta para a criação e o fortalecimento da carreira. “Acredito que botei um grão de arei na luta que vocês desenvolveram. A vida de perito não é coisa fácil”, disse Arruda ao finalizar seu discurso. Além do senador, receberam a medalha os peritos Samuel Abranques, da GEX Fortaleza (CE) e Maria Helena Teixeira, da GEX Rio de Janeiro Centro (RJ), pelos relevantes serviços prestados à categoria e o Dr. Jorge Darze, pelo seu incansável apoio à perícia previdenciária.
Ao falar sobre o Congresso, a Dra. Filomena Bastos afirmou que a categoria pode ter certeza de que o “INSS cada vez mais está imbuído na capacitação e no aprimoramento técnico”.