Tomou posse, na manhã desta sexta-feira (/10), para a presidência da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), Tarcísio Pequeno. A solenidade aconteceu no auditório do Palácio Iracema e foi prestigiada por várias personalidades do Estado.
Na transmissão de cargo, na semana passada, no auditório lotado do Instituto Atlântico, o secretário adjunto da pasta de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Mauro Oliveira, disse que “a Funcap é uma instituição que pode se dar ao luxo de dizer que nunca deu um passo atrás. Sempre foi conduzida por pessoas que têm compromisso com o Estado e seguramente está entre as melhores agências de fomento do país”, afirmou.
Mauro Oliveira deu “o testemunho de que o ex-presidente, José Vitorino de Souza e o ex-diretor científico Erivan Melo, se comportaram como homens de Estado”. Em nome do governo, o adjunto disse que “o Estado reconhece o trabalho de vocês”. Na ocasião, foi exibido um vídeo institucional alusivo aos 13 anos da Funcap, feito pelo centro de produção audiovisual da instituição.
Vitorino destacou a conquista da sede própria da Funcap na sua gestão e alertou ao novo presidente para que a conserve: “tem olhos grandes sobre ela”. Segundo ele, em 1994 a agência administrava orçamento de R$ 2 milhões, que este ano chegou a R$ 90 milhões, grande parte dos recursos originária de convênios. Os 2% das receitas do Estado que pela Constituição estadual devem ser destinados à Funcap este ano vão chegar a 1,46%, informou.
Erivan Melo disse que o orçamento operado pela Funcap este ano com os programas e convênios soma R$ 95 milhões. “A idéia era passar de R$ 100 milhões”, afirmou. Em 2006, a Funcap julgou 4.566 processos. Para isso, aumentou o número de câmaras de cinco com dois membros cada para dez este ano, além de ter recorrido a pessoal terceirizado.
“Se não tivesse, não teria operacionalizado R$ 95 milhões”. A Funcap tem apenas um funcionário no quadro próprio de pessoal, um auxiliar administrativo, disse Erivan. “Os 2% nunca foram colocados. Mas serão colocados, tenho certeza”, disse Tarcísio Pequeno. “O acréscimo é um compromisso. Tem que ser. Uma sociedade que valoriza ciência e tecnologia e as leis há de fazer.Cabe a nós fazer o acréscimo”, afirmou.
Tarcísio Pequeno relatou a sua luta desde o início pela criação e pelos recursos da Funcap, a sua participação no primeiro Conselho da Fundação. “A Funcap precisa ser feita com o trabalho colaborativo de todos nós. Ninguém vai conduzir a Funcap só com o concurso das pessoas nomeadas e com a comunidade científica”, assinalou.
O presidente da Funcap defendeu a necessidade de uma burocracia estatal profissional para a agência de fomento, e manifestou interesse de trabalhar no plano interno junto ao governo para assegurar um quadro próprio de pessoal para a instituição.
“Vamos tocar a política de ciência e tecnologia utilizando quatro palavras: renovação, transparência, inovação e interiorização”, disse Tarcísio Pequeno. “A inovação radical só pode ser produzida pela ciência”.