Os senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Ruben Figueiró (PSDB-MS) apresentaram ao Senado, segunda-feira, 7, pedido de voto de pesar e apresentação de condolências à família pelo falecimento do ator, diretor, e escritor cearense José Wilker, ocorrido no sábado, dia 5, no Rio de Janeiro.

O requerimento lembra que o artista, nascido em Juazeiro do Norte/CE, em 20 de agosto de 1944, “começou sua carreira artística em Pernambuco, onde, ainda muito jovem, atuou no Movimento de Cultura Popular (MCP), que, apoiado pelo Governo Miguel Arraes e inspirado nos ensinamentos de Paulo Freire, buscava promover a conscientização popular por meio de produções culturais que discutiam os problemas nacionais sob a perspectiva das classes trabalhadoras”.

Em 1963, Wilker foi para o Rio de Janeiro, onde participou de produções do Grupo Opinião e faz sua estreia no cinema no clássico “A Falecida” – adaptação de Leon Hirszman para a peça de Nelson Rodrigues. Em 1969, ganhou o prêmio Molière de melhor ator, por seu desempenho em “O Arquiteto e o Imperador da Assíria”. Em 1971, estreou na televisão, na novela “Bandeira Dois”.

“Embora jamais tenha abandonado o teatro, ao qual continuou se dedicando, seja como ator ou diretor, José Wilker construiu uma carreira impressionante no cinema e na televisão. Sua produção cinematográfica inclui mais de sessenta filmes, nos quais atuou como ator, diretor ou narrador. Na televisão, foram mais de cinquenta trabalhos, entre telenovelas e minissérias. Ator de vastos recursos, interpretou personagens inesquecíveis e tão variados como Tiradentes (“Os Inconfidentes”), Vadinho (“Dona Flor e Seus Dois Maridos”), Mundinho Falcão (“Gabriela), Tenório Cavalcanti (“O Homem da Capa Preta”), Juscelino Kubitschek (“JK”), Antônio Conselheiro (“Guerra de Canudos”), Roque Santeiro, Giovanni Improtta (“Senhora do Destino”), entre outros. Artista talentoso e intelectual comprometido com o seu povo e o seu tempo, José Wilker honra a cultura cearense e brasileira”, afirmam os parlamentares.