Senado realiza sessão especial em homenagem à UNE


O Senado realizou nesta quarta-feira (/07), sessão especial em homenagem à União Nacional dos Estudantes (UNE), que completa 70 anos de fundação no próximo dia 13 de agosto. A homenagem foi iniciativa do senador Inácio Arruda. Prestigiaram a cerimônia várias autoridades, dentre elas o Ministro dos Esportes, Orlando Silva, ex-dirigente da UNE; Gustavo Petta, atual presidente da entidade; o escritor e jornalista Arthur Poerner; o ator e secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti; os ex-presidentes da União Nacional dos Estudantes, Aldo Arantes, Luciano Coberlini e Sepúlveda Pertence, além de deputados federais, lideranças estudantis e estudantes, que lotaram a galeria do Plenário do Senado.


Uma apresentação do coral do Senado abriu a homenagem com a canção “Coração Civil”, de Milton Nascimento e Fernando Brant. O Senador Inácio Arruda, primeiro orador inscrito, ressaltou o papel desempenhado pela UNE ao longo de seus 70 anos de história, participando ativamente dos principais fatos sociais e políticos da história brasileira. Inácio destacou o trabalho do Centro Popular de Cultura (CPC), instituição ligada à UNE e criada em 1961, no Rio de Janeiro, reunindo artistas ligados ao teatro, à música, ao cinema, à literatura e às artes plásticas, entre outras formas de expressão artística. O centro foi fechado pelo regime militar em 1964 . “Nestes 70 anos de fundação da UNE, 45 anos da primeira UNE Volante e 28 anos de sua reconstrução, podemos afirmar, com toda a certeza, que as lutas travadas pelos estudantes, desde a luta contra o nazi-fascismo, passando pela campanha do “Petróleo é nosso”, pelo movimento de renovação da arte e da cultura brasileira no Centro Popular de Cultura, pela resistência à ditadura militar, a luta pela anistia, pelas eleições diretas, pelo impeachment, pela defesa do ensino público de qualidade e pela reforma universitária foram de fundamental importância para que hoje pudéssemos colher os frutos da liberdade e da democracia”, relembrou Inácio.


Vários senadores sucederam-se na tribuna do Plenário na homenagem aos estudantes. O senador João Pedro (PT-AM), ex-vice-presidente da UNE no biênio 1980/1981, também saudou os 70 anos da entidade destacando sua capacidade de assumir a defesa da educação sem descuidar de outros interesses nacionais. Assinalou sua atitude de “coragem, ousadia e persistência” em prol das liberdades democráticas durante a vigência da ditadura militar no país. Já a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), lembrou a figura de Giuseppe Garibaldi, revolucionário italiano cujo bicentenário de nascimento é comemorado em 4 de julho. “Esse espírito de entrega, de se colocar a serviço de um sonho, só a juventude tem”, disse a senadora.


O senador Mão Santa (PMDB-PI) foi o quarto senador a discursar e lembrou a participação dos piauienses na UNE, destacando o nome do ex-governador do estado Tibério Nunes (-1963), que foi presidente e vice-presidente da UNE nos anos 40. O outro nome do Piauí na UNE citado pelo senador foi o do jurista, ex-procurador-geral da República e ex-ministro da Justiça Evandro Lins e Silva, que pertenceu ao Partido Socialista Brasileiro, ligado à juventude estudantil.
O senador Sibá Machado (PT-AC), leu texto escrito por Arthur Poerner, que estava entre os homenageados, intitulado “UNE: passado de conquistas, futuro de novos desafios”. No texto, Poerner faz um histórico e exalta as lutas, as realizações e as conquistas da União Nacional dos Estudantes (UNE) em seus 70 anos de existência, especialmente no processo de redemocratização do Brasil.
O senador Cristovam Buarque lançou à entidade o desafio de lutar pela distribuição do produto da redemocratização. Para ele, isso só acontecerá por meio da construção de uma sociedade utópica na qual, no que se refere à educação, os filhos dos pobres sejam iguais aos filhos dos ricos.


O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) afirmou que a história da UNE se confunde com a história da luta do povo brasileiro por liberdade e democracia. Já o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) destacou o surgimento da entidade em meio à ditadura de Getúlio Vargas. “A grande marca da UNE é a resistência”, afirmou, apontando o país como devedor das conquistas democráticas apoiadas pela mobilização estudantil.


A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) ressaltou a importância da UNE na história do país. Segundo ela, a bravura e a convicção ideológica dos estudantes – homens e mulheres – forçaram as grandes as grandes mudanças políticas vividas pelo Brasil do século passado. Marconi Perillo (PSDB-GO) disse que a luta da UNE em prol da liberdade possibilitou a consolidação da democracia no Brasil. José Nery louvou a atuação da entidade em momentos-chave para a democracia brasileira ao longo de sua história e destacou a luta dos estudantes por uma educação pública e de qualidade, contra o avanço do privado sobre o público. Por fim, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse que gostaria de colocar reflexões para os próximos 70 anos da instituição. Ele ressaltou a importância de saber o que fazer daqui para a frente, especialmente num país que espera muito da sua juventude.


O Senador Pedro Simon encerrou a sessão especial de homenagem, onde foi executado o hino da UNE, composição de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes. O senador Inácio Arruda saudou a presença, em Plenário, de dona Maria Rosa Leite Monteiro, mãe de Honestino Guimarães, estudante da Universidade de Brasília (UnB) morto durante o regime militar. Inácio Arruda, Gustavo Petta e a deputada Federal Manuela d´Ávila entregaram a bandeira da entidade à dona Maria Rosa, que, nas palavras do Senador, representa uma mãe para toda UNE.



Segue Pronunciamento na Integra:


SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS 70 ANOS DE CRIAÇÃO DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES – UNE E 45 ANOS DA PRIMEIRA UNE VOLANTE – CPC


Pronunciamento do excelentíssimo Senhor Senador Inácio Arruda
(PCdoB – CE)



Senhor Presidente,
Senhoras Senadoras e Senhores Senadores,
Senhores e Senhoras convidados,



   Castro Alves, um dos maiores nomes da literatura brasileira, o poeta dos escravos, do povo e da liberdade, ao se dirigir à juventude em seu poema “O Século”, escrito em 1865, assegura:


“Toda noite-tem aurora,
Raios- toda escuridão,
Moços, creiamos, não tarda,
A aurora da redenção.”


Este mesmo espírito libertário estava presente quando, em 11 de agosto de 1937 foi fundada a gloriosa União Nacional dos Estudantes – UNE, entidade máxima representativa dos estudantes universitários.
Hoje, 70 anos depois de sua fundação, a UNE recebe esta justa homenagem do Senado Federal, com a realização desta Sessão solene, que se reveste de um grande significado para o povo brasileiro.


A UNE é uma das organizações mais antigas da história de nosso País. Nasceu na segunda República, após várias experiências e tentativas de organizar os estudantes em uma entidade nacional. A história da UNE sempre esteve ligada à história de lutas do povo brasileiro, deixando sua marca em todos os grandes episódios sociais e políticos no Brasil.


A União Nacional dos Estudantes esteve presente em todas as lutas pela liberdade, pela democracia e pela defesa intransigente, mas conseqüente e responsável, dos interesses de nosso país e de nosso povo. Não houve uma só luta por um Brasil livre e soberano onde a voz dos estudantes não tenha ecoado nas ruas, junto aos trabalhadores, intelectuais, artistas, homens e mulheres do campo e da cidade.


Relembro aqui parte de sua história. Em 1939, ainda recém-criada, com somente dois anos de existência, a determinação e a combatividade da UNE foram testadas pela primeira vez: o mundo é abalado pela Segunda Grande Guerra Mundial e o nazi-fascismo avançava. A União Nacional dos Estudantes foi uma das primeiras entidades no Brasil a se colocar na trincheira de lutas, organizando grandes atos contra o nazi-fascismo, realizando inúmeras passeatas que contribuíram significativamente para que o Governo Getúlio Vargas se posicionasse contra os países do Eixo durante o conflito. Foi no contexto dessa luta que a UNE realizou sua primeira grande façanha, os estudantes fecharam e ocuparam o Clube Germânia, conhecido ponto de encontro de simpatizantes do nazismo, localizado na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro. Foram protagonistas deste episódio histórico, além da UNE, o Diretório Central dos Estudantes – DCE da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Confederação Brasileira dos Desportos Universitários, o CBDU.


Foi diante da repercussão desse fato que o então Ministro da Educação, Gustavo Capanema, formalizou a entrega do prédio que passou a sediar a UNE. Prédio esse que, anos mais tarde, seria incendiado pela ditadura militar instaurada em 1964.


Sr. Presidente, Senhoras e Senhores Senadores, o posicionamento em defesa dos interesses do povo sempre colocou a UNE na mira das forças retrógradas. Em 1945, no apagar das luzes do Estado Novo, a UNE sofreu uma dura perseguição; mas isso não impediu que, já em 1947, empunhasse novamente a bandeira da defesa da soberania nacional e de nossas riquezas, levantando a juventude com a campanha pela criação da Petróleo Brasileiro S/A, a PETROBRÁS. Daí por diante, “O Petróleo é Nosso !!” foi a palavra de ordem que contagiou os estudantes e, depois, toda a sociedade brasileira.


Dyneas Aguiar, que em 1953 era presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – a UBES, assegura que “ foi uma batalha muito difícil dentro do Congresso porque, lá” – dizia ele, “as forças reacionárias e entreguistas não aceitavam, de jeito nenhum, o monopólio estatal do petróleo.”  Até que finalmente, em 3 de outubro de 1953, Getúlio Vargas promulgou  a Lei da Criação da Petrobrás. Venceram os nacionalistas e a gloriosa campanha “O petróleo é nosso”, de mobilização da opinião pública.
Cabe ressaltar, senhoras e senhores, que não podemos nos reportar à  campanha do “Petróleo é Nosso”, sem nos referirmos á tenacidade e o espírito nacionalista do escritor Monteiro Lobato.


Os anos 60 começaram com grande turbulência política, devido à renúncia do presidente Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961. A UNE se solidarizou com as forças progressistas, que se posicionaram contra a tentativa de impedir a posse de João Goulart. Foi neste cenário, quando as forças do atraso mais uma vez tentaram interferir, que a articulação entre o movimento operário, as lideranças trabalhistas e a União Nacional dos Estudantes se mostrou imprescindível para conter os atos golpistas.


Neste período, entre 1961 e 1962, a UNE foi presidida por Aldo Arantes. Era a época da consolidação do Centro Popular de Cultura, o CPC; e da primeira UNE-Volante, uma verdadeira caravana que unia eventos culturais à bandeira da Reforma Universitária. Foi por intermédio da UNE-Volante que o Centro Popular de Cultura, recém-criado, levou sua mensagem cultural a todas as capitais do País. O principal objetivo era atingir as massas, com arte genuinamente brasileira e engajada.


Cabe ressaltar, Senhor Presidente, que o CPC foi criado num momento em que as diversas manifestações artísticas brasileiras pareciam alimentar-se mais das chamadas vanguardas européias do que da realidade brasileira. O CPC tornou-se um pólo de valorização da cultura nacional, popular e democrática do país. Os jovens que dele participavam, aliavam com perfeita maestria a política e a arte; a literatura , a poesia, a música,  o cinema e o teatro. Estavam lá: Ferreira Gullar, Paulo Pontes, Leon Hirzmann, Oduvaldo Vianna Filho, Carlos Lyra, Cacá Diegues, Arnaldo Jabor e tantos outros.


O CPC contou ainda com a presença de grandes compositores do samba, como Cartola, Nelson Cavaquinho e Zé Ketti. No bar “ZICARTOLA” –  de dona Zica e Cartola, era comum encontrar Vinícius de Morais e Carlos Lyra, que, inspirados pelo momento extraordinário  de vigor e de liberdade protagonizados pela juventude, compuseram o consagrado Hino da União Nacional dos Estudantes. Nas palavras de Carlos Lyra, “O CPC foi muito mais do que aparentou. Ali foram feitos filmes, gravados discos, e construído o Teatro da UNE. Ali a cultura estava viva; as coisas eram feitas de forma apaixonada”.


O CPC ajudou a UNE a chegar mais perto dos estudantes e do povo em todo o país, atuando em perfeita sintonia. Um de seus grandes momentos foi a realização de um espetáculo com Nelson Cavaquinho, Cartola, Dalva de Oliveira, Carlos Cachaça, Vinícius de Moraes, Tom Jobim e o jovem Chico Buarque, numa memorável noite no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.


Outro momento importante, que demonstra o alcance do CPC da UNE, foi o lançamento do disco intitulado “O Povo Canta”, um trabalho musical composto por Carlos Lyra, Billy Blanco, Geni Marcondes e Augusto Boal. Foi a venda deste “compacto” que arrecadou fundos para a construção do Teatro do CPC da UNE. Mas com a instauração da ditadura Militar, o teatro, recém-construído e que demandou tanto esforço para ser concretizado, foi metralhado pelo movimento anticomunista. Na mesma época, o disco “O povo canta” foi tirado de circulação pela censura, e por um longo período considerado “subversivo”.


Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Senadores, a ditadura militar inaugurou um período de perseguição implacável às lideranças estudantis.  O Governo Castello Branco declarou o fechamento da UNE e, em julho de 1966, o 28º Congresso da entidade foi realizado clandestinamente, em Belo Horizonte, durante os intervalos das missas no Convento dos Dominicanos. Neste Congresso, é eleito para presidente o mineiro José Luis Guedes. Em 1967, já em uma situação extremamente difícil, a UNE conseguiu realizar seu 29º Congresso, que elege Luís Travassos como presidente da entidade. Neste mesmo ano foi assassinado o estudante secundarista Edson Luís.


 Em outubro de 1968 articulava-se a realização do 30º Congresso, na cidade de Ibiúna, interior do estado de São Paulo. Em um prenúncio do Ato Institucional Nº 5, que seria baixado em dezembro daquele mesmo ano, foram presos 920 estudantes, entre os quais estavam Vladimir Palmeira, José Dirceu, Luís Travassos, Jean Marc Von der Weid e Franklin Martins.


Quinze dias após as prisões em Ibiúna, 71 estudantes de todo o país foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional. Destes, senhoras e senhores, dez eram cearenses, como relata o médico Mariano Freitas em seu livro “Nós os estudantes”: José Genoíno Neto, Bérgson Gurjão Farias, João de Paula Monteiro Ferreira, José Arlindo Soares, Inocêncio Uchoa, Pedro Albuquerque, Ruth Cavalcante, Marco Penaforte, Assis Aderaldo e Inácio de Almeida.
Além desses, que foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional, foram presos em Ibiúna outros estudantes cearenses: Roseno Melo Oliveira, Oriene Frota, Ozéas Duarte, Francisco Torres Martins, Marcos Costa Sampaio, Fausto Nilo Costa Jucá, Lauro Gomes, Mércia Vasconcelos, Maria Teresa Cardoso, Raimundo de Oliveira, Ângela Sônia Barreto, Iedy Bastos Forte, Maria Francisca Sales Pinheiro e Sérgio Miranda de Matos Brito.


Senhor Presidente, no começo da década de 70, Honestino Guimarães assumiu a presidência da UNE, época em que o movimento estudantil sofria uma repressão brutal com prisões, torturas e assassinatos. Honestino Guimarães e Alexandre Vanuchi Leme foram presos, torturados e assassinados em 1973. Honestino, cujo corpo jamais foi encontrado, tornou-se um símbolo da luta em defesa da liberdade e da democracia, e se estivesse vivo, teria completado 60 anos no último dia 28 de março. Líder desde os tempos de colégio, no interior de Goiás, Honestino sonhava em ser presidente da República. Em suas brincadeiras de rua, conta-se que chegou a nomear os dois irmãos ministros, um da Aeronáutica e outro da Marinha. Gostava de bolar estratégias, de coordenar reuniões. Sua paixão era o movimento estudantil, e ele foi e sempre será lembrado como um grande jovem brasileiro.


Em 1979, dez mil jovens de todo o país se reuniram em Salvador para o Congresso de Reconstrução da UNE. Ali foi o coroamento de uma trajetória marcada por grandes dificuldades, mas que evidenciou a ousadia, a coragem e a combatividade de jovens, homens e mulheres que carregavam no peito a esperança de um Brasil livre e democrático. Nessa ocasião, o cantor e compositor Carlos Lira regeu um coro de cinco mil estudantes que cantavam com toda emoção e entusiasmo o  “Hino da UNE”, de sua parceria com Vinícius de Moraes.
É com alegria também, Senhor Presidente, que destaco a campanha UNE de volta para casa. No mês de fevereiro deste ano os estudantes retomaram seu terreno na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, onde era a antiga sede da UNE, aquela mesmo, incendiada em 64 pela ditadura. Estive neste ano lá no chamado aterro do Flamengo, Senhor Presidente, apoiando a campanha vitoriosa da UNE de volta para casa.


Senhoras e Senhores, nestes 70 anos de fundação da UNE, 45 anos da primeira UNE-Volante e 28 anos de sua reconstrução, podemos afirmar com toda certeza, que as lutas travadas pelos estudantes, desde a luta contra o nazi-fascismo, passando pela campanha do “Petróleo é Nosso”, pelo movimento de renovação da arte e da cultura brasileira no Centro Popular de Cultura, pela resistência à ditadura militar, a luta pela anistia, pelas eleições diretas, pelo impeachment, pela defesa do ensino público de qualidade e pela Reforma Universitária foram de fundamental importância para que hoje possamos colher os frutos da liberdade e da  democracia .


O jornalista Artur José Poerner, em sua obra “O Poder Jovem – História da participação política dos estudantes brasileiros”, destaca que a UNE se constituiu na principal escola de formação de lideranças políticas no Brasil. São vários altos dirigentes da república formados nos quadros da UNE, uma prova inquestionável da força do movimento estudantil. Registro aqui apenas alguns deles, entre tantas personalidades: Aldo Arantes, José Serra, Haroldo lima, Renato Rabelo, José Gregori, José Frejat, Marco Maciel, Marcelo Cerqueira, Aldo Rebelo, Orlando Silva, José Dirceu, Juca Ferreira e Franklin Martins.


Durante esta semana, Brasília é a sede do qüinquagésimo Congresso da UNE, e, mais uma vez, a voz vibrante dos estudantes brasileiros, vindos de todos os cantos deste nosso imenso País, vem se juntar àqueles que desejam a efetivação de um Projeto de Desenvolvimento Nacional para fazer avançar as grandes transformações sociais que desejamos.


Nesta Sessão Solene rememoro aqui os nomes dos 48 presidentes da União Nacional dos Estudantes durantes estes 70 anos:Ana Amélia ; Valdir Ramos Borges, Trajano Pupo Neto, Luís Pinheiro Pais Leme, Hélio de almeida, Tarnier Teixeira, José Bonifácio Coutinho Nogueira, Roberto Gusmão, Rogê Ferreira, José Frejat, Olavo Jardim Campos, Luis Carlos Goelver, João Pessoa de Albuquerque, Augusto Cunha Neto, Carlos Veloso de Oliveira, José Batista de Oliveira, Marcos Heusi, Raimundo Eirado Silva, João Manuel Conrado Ribeiro, Oliveiros Guanais, Aldo Arantes, Marcos Vinicius Caldeira Brant, José Serra, Antônio Xavier, Altino Dantas, José Luis Guedes, Luis Travassos, Jean Marc Von Der Weid, Honestino Guimarães, Rui César Costa e Silva, Aldo Rebelo, Javier Alfaya, Clara Araújo, Acildon Paes Leme,Renildo Calheiros, Gisela Mendonça, Valmir santos, Juliano Goberllini, Cláudio Langoni, Patrícia de Angelis, Lindberg Farias, Fernando Gusmão, Orlando Silva Junior, Ricardo Cappelli, Wadson Ribeiro, Felipe Maia, Gustavo Lemos Petta.


Rendo aqui, Senhor Presidente, em meu nome e em nome de meu Partido, o Partido Comunista do Brasil, minhas homenagens a todas as Marias, Heleniras, Honestinos, enfim, a todos os jovens, essas meninas e meninos do Brasil que, esperamos, estarão um dia, junto com o povo, no poder. Para finalizar meu pronunciamento nesta tarde de tão justa homenagem, recorro à poesia de Milton Nascimento e Fernando Brant:


“Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria, muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver”
Era o que tinha a dizer, Senhor Presidente. Muito obrigado, e
Viva o povo Brasileiro,
Viva a União Nacional dos Estudantes !!!!