Senado cria CPI sobre pedofilia na internet


O requerimento de criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a utilização da internet na prática de crimes de pedofilia foi lido ontem em Plenário. A CPI também deve apurar as possíveis relações desses casos com o crime organizado. A partir de agora, os líderes partidários já podem indicar senadores para comporem o colegiado. A comissão será composta de sete titulares e sete suplentes e terá duração de 120 dias.

O autor do requerimento de criação da CPI, Senador Magno Malta afirma que o Ministério Público dos estados e a Polícia Federal (PF) dispõem de material que dá a verdadeira dimensão desse crime pela internet. A CPI vai se basear principalmente nos resultados da Operação Carrossel, da PF, deflagrada no final de 2007, quando foram cumpridos mais de cem mandados de busca e apreensão em 14 estados e no Distrito Federal.

O Senador Inácio Arruda apoiou a criação da CPI e afirmou que ela vai contribuir para eliminar o problema da pedofilia não só no Ceará, mas em todo o Brasil: “O Ceará ocupa um largo espaço na indústria turística, que é benéfica para o Estado, mas há um problema que nasceu antes do turismo, que é existência de crimes de pedofilia. Devemos eliminar essa chaga não só investigando, mas apoiando as políticas públicas do Governo Federal, dos Estados e dos Municípios, para que as crianças sejam acolhidas nas escolas, nas creches, tendo um tratamento adequado, e não largadas para que a pedofilia e outros crimes contra as crianças possam ser cometidos”, afirmou o Senador.