O Ceará aparece como quarto colocado na tomada de crédito agrícola via Pronaf. À frente do Estado, ficam outros três do Nordeste: a Bahia (R$ 883 milhões em 278 mil operações); Maranhão (R$ 451 milhões em 157 mil operações) e Pernambuco (R$ 446 milhões em 171 mil operações).
O Banco do Nordeste (BNB) projeta fechar o ano com investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O aporte representaria incremento de 23,8% frente o montante contratado em 2005 — R$ 1,05 bilhão.
O Ceará aparece como quarto colocado na tomada de capital junto ao Pronaf. Até setembro de 2006, pouco mais de 176 mil operações impactaram numa contratação de R$ 382 milhões. À frente do Estado, em volume de recursos, ficam a Bahia (R$ 883 milhões em 278 mil operações); Maranhão (R$ 451 milhões em 157 mil operações) e Pernambuco (R$ 446 milhões em 171 mil operações).
VALOR DUPLICADO – Comparado com o aporte feito no Estado em 2003, de R$ 500 milhões, a destinação de recursos do Pronaf mais que dobrou em três anos. Até setembro deste ano, foram realizadas 504,9 mil operações, ultrapassando R$ 1 bilhão de aplicações.
Segundo o gerente do Pronaf e de Programas de Crédito Fundiário do BNB, Luís Sérgio Farias, o montante representa hoje cerca de 40% do que é destinado ao financiamento agrícola.
Ele ressaltou que a projeção do BNB era terminar 2006 com empréstimos de até R$ 5 bilhões, sendo aproximadamente 50% de uso rural, e destacou o papel do Pronaf como principal linha de investimentos no campo. Os indicadores foram apresentados ontem durante o Seminário Sobre Financiamento Agrícola na América Latina.
CARTEIRA – Desde 1996, ano de implementação do programa, já se contabiliza uma carteira ativa de R$ 3,6 bilhões. Por ser uma modalidade recente, ainda tem impacto limitado na carteira total do banco, hoje de R$ 28 bilhões. Dentro da cifra, outros R$ 12 bilhões são destinados a outras linhas de empréstimos para a zona rural.
“O banco tem concentrado esforços no apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar de toda a região, mas sem deixar de lado as políticas de financiamento para médios e grandes empreendedores”, garante. O foco tem dado resultados. De acordo com o BNB, cada R$ 100 concedidos para financiamento agrícola na Região, R$ 72 são concedidos no âmbito do Pronaf, cujos recursos são oriundos do Tesouro Nacional e do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
LINHAS – O Pronaf é concedido em cinco categorias, variáveis em função do porte do empreendimento e da capacidade de endividamento do produtor. Para cada faixa, são aplicadas taxas de juros e prazos diferenciados, beneficiados ainda com bônus de adimplência.