O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje a liberação de R$ 3 bilhões para financiamentos e empréstimos às empresas de setores prejudicados pela valorização do real ante o dólar. Os segmentos da economia que serão beneficiados com a medida são: pedras ornamentais, beneficiamento de madeira, beneficiamento de couro, calçados e artefatos de couro, têxtil, de confecção, móveis de madeira, frutas, cerâmica, software e prestação de serviços de tecnologia da informação e bens de capital (máquinas e equipamentos).
A cajucultura foi incluída entre as atividades produtivas que devem receber incentivos ao financiamento, graças a uma ação do senador Inácio Arruda e do deputado federal Chico Lopes, que apresentaram emendas para a inclusão dos produtores de caju nesse projeto. Inácio é membro da frente parlamentar em defesa da Fruticultura.
A medida provisória nº 429, que cria o programa Revitaliza, já foi aprovada pelo Congresso Nacional. Mas o repasse de recursos para as instituições financeiras dependia da autorização do CMN.
No total, a linha contará com R$ 12 bilhões. Além dos R$ 3 bilhões liberados hoje, mais R$ 3 bilhões saem até o final deste ano. Outros R$ 6 bilhões serão liberados até 2010. A medida provisória é de maio. As informações são do assessor econômico do Tesouro Nacional, Mário Augusto Gouvea.
A linha de crédito operada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá ser usada para investimento em capital fixo e em exportação, com taxa de juros de 7% ao ano com bônus de adimplência de 20% para as empresas que efetuarem pagamentos pontualmente
O Senador Inácio Arruda esclarece que o Brasil é um dos líderes mundiais de produção e processamento de castanha de caju, reconhecido pela qualidade de suas amêndoas e pela confiabilidade de seus fornecedores. "A cadeia de negócios é concentrada no Nordeste, compondo um parque industrial que supera 360 mil toneladas/ano de capacidade instalada, beneficiando aproximadamente 320 mil toneladas da castanha a cada ano, gerando lucros aproximados de 187 milhões de dólares, posicionando a amêndoa da castanha de caju como o mais expressivo item na pauta de exportações do Estado do Ceará".