O relator especial das Nações Unidas para os territórios palestinos ocupados, Richard Falk, denunciou hoje que o bloqueio israelense sobre Gaza, "que afeta 1,5 milhão de pessoas, das quais a metade são crianças, continua sem a objeção formal de Governos ou da própria organização".
"Não há evidência de uma pressão internacional significativa para conseguir o fim do bloqueio em Gaza ou para garantir que os soldados de Israel e do Hamas sejam julgados pelos crimes de guerra denunciados durante os ataques à faixa", acrescentou.
O bloqueio de Israel sobre Gaza está vigente há três anos e coincide com a escalada do Hamas ao poder.
Falk disse que a falta de alimentos e de remédios em Gaza está provocando uma deterioração da saúde física e mental da população, uma situação que piorou desde a última ofensiva israelense sobre o território há um ano e que durou 22 dias.
O relator afirmou que, desde então, Israel não permitiu a entrada de materiais "para reparar os danos causados pelos fortes bombardeios e pelos ataques da artilharia contra infraestruturas civis, sistemas elétricos e de saneamento".