Altos oficiais do Exército de Honduras que depuseram o presidente Manuel Zelaya, e o forçaram ao exílio no ano passado serão julgados por abuso de autoridade, informaram fontes jurídicas nesta quinta-feira.
Zelaya, deposto no dia 28 de junho quando soldados o levantaram da cama e o enviaram de avião para a Costa Rica, tem sido emaranhado em incerteza política desde sua volta a Honduras em setembro.
Os críticos acusam Zelaya, refugiado na embaixada brasileira, de querer mudar a Constituição para estender seu mandato, que terminaria em janeiro.
O Supremo Tribunal e o Congresso ordenaram a sua deposição em junho, mas o atual líder Roberto Micheletti admitiu posteriormente que forçar Zelaya ao exílio teria sido um erro e que ele deveria enfrentar processos em Honduras.
Em novembro, Honduras elegeu o presidente da oposição Porfírio Lobo, que defende a anistia geral para todos os envolvidos no golpe, inclusive Zelaya.
(Reportagem de Gustavo Palencia)