“Sem telecomunicações não há Copa”, foi a afirmação feita tanto pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, quanto pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, no ato de assinatura, em Brasília, do Memorando de Entendimentos entre a União e Federação Internacional de Futebol visando a garantia de um serviço “exemplar” de telecomunicações para a Copa 2014.
Recuperar áreas produtivas degradadas com a promoção de alternativas sustentáveis de produção agropecuária para o Bioma Amazônia. Esse é o objetivo do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas da Amazônia (PRADAm), em fase de implementação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO do Brasil).
Para promover a adoção das boas práticas agropecuárias e de sistemas sustentáveis de produção, serão criadas unidades de teste e demonstração e unidades de referência tecnológica, utilizadas como exemplo de produção sustentável. A criação do programa foi realizada pela Coordenação de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos (CMSP) da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Mapa.
De acordo com o coordenador da CMSP, Elvison Ramos, essas unidades serão instaladas prioritariamente nos municípios localizados no chamado “arco do desmatamento da Amazônia” e “territórios da cidadania”, com possibilidade de serem replicadas em outras localidades. “Queremos viabilizar alternativas de produção sustentável para região, de forma a auxiliar na redução do desmatamento da floresta e contribuir para o desenvolvimento de uma agricultura de baixa emissão de gases de efeito estufa”, explica.
As áreas de atuação do Projeto com o apoio do PRADAm ainda serão definidas. Com base em informações dos Grupos Gestores Estaduais do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) e do estudo Terra Class, consultores vão analisar a área produtiva degradada na Amazônia que pode ser beneficiada pelo projeto. Além disso, eles vão propor os lugares estratégicos para a instalação das unidades demonstrativas e prepararão uma série de ações de capacitação sobre as tecnologias previstas pelo Plano ABC.
Segundo Ramos, técnicos e produtores rurais serão capacitados em tecnologias de recuperação de áreas de pastagens degradadas e de produção agropecuária sustentável. Dentre as boas práticas agropecuárias estão o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, Sistemas Agroflorestal e Silvipastoril e Sistemas de Plantio Direto.
O PRADAm também atende as demandas previstas pelo Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm).
Segundo Valcke, a telecomunicação é uma “grande peça da organização da Copa”, ao que Bernardo completou ressaltando que “sem uma boa comunicação é como se a Copa não existisse”.
Paulo Bernardo disse que foram 18 meses de negociações entre governo e Fifa sobre os termos da Garantia nº 11 referente a telecomunicações. O entendimento final hoje assinado no Memorando determina que é responsabilidade do governo as obras que ficarão de legado para o país e o que for utilizado apenas para a realização dos jogos, será responsabilidade da FIFA.
O ministro esclareceu que a tecnologia 4G já estará operacional a partir de abril deste ano nas seis cidades da Copa das Confederações, que ocorrerá em junho de 2013 – Brasília, Rio, Fortaleza, Recife, Salvador e Belo Horizonte.
Bernardo destacou que o governo, por meio da Telebras, está implantando a infraestrutura de rede de fibra ótica nas doze cidades sede, com um orçamento de R$ 200 milhões. A rede de fibra está 100% concluída na região metropolitana de Brasília, Belo Horizonte e Salvador e a previsão de conclusão das demais é março de 2013.
Segundo Bernardo, tudo está sendo feito para garantir o atendimento de telecomunicações para a Copa 2014.
Veja abaixo a síntese dos termos do Memorando de Entendimentos assinado entre a FIFA e o Ministério das Comunicações.
SÍNTESE DO MEMORANDO DE ENTENDIMENTO MINICOM/FIFA
Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo 2014
1. Responsabilidades do Governo Federal (Ministério das Comunicações, por meio da TELEBRÁS):
a. disponibilizar infraestrutura nacional de backbone e de redes metropolitanas necessárias para a interconexão entre os estádios e outros locais definidos pela FIFA e o Centro Nacional de Transmissão (International Broadcaster Center – IBC), bem como o serviço de transporte de vídeo, sem custo para a FIFA ou seus parceiros;
b. garantir que a infraestrutura atenda aos requisitos técnicos de qualidade estabelecidos pela FIFA, sobretudo a disponibilidade de 99,99% exigida para as redes que transportarão o serviço de transmissão de vídeo dos jogos;
c. implantar a interconexão entre a rede da TELEBRÁS e as redes dos provedores de serviços de TI e de Mídia contratados pela FIFA;
d. disponibilizar infraestrutura e soluções de TI (voz e banda larga) tão somente nos locais em que os provedores de serviços de TI e de Mídia contratados pela FIFA não disponham de infraestrutura conforme os requisitos de qualidade exigidos, o que deve ser comprovado por laudos técnicos fornecidos pela FIFA;
2. Responsabilidades da FIFA:
a. desonerar o Governo Federal de prover a infraestrutura nos locais onde os prestadores de serviços de TI e de Mídia possuírem infraestrutura disponível conforme os requisitos de qualidade;
b. obter e implementar a Tecnologia de Adaptação de Vídeo (VandA) e arcar com todos os seus custos;
c. implementar a solução de rede de back-up por satélite e arcar com todos os seus custos;
d. remunerar à TELEBRÁS 50% das receitas provenientes das vendas de serviços de vídeo fornecidos pelo sistema VandA.
O MoU ainda cria um Grupo de Monitoramento composto por representantes do Ministério, da TELEBRÁS e da FIFA e seus parceiros, responsável pelo acompanhamento conjunto da implementação da infraestrutura e dos serviços de telecomunicações para os eventos da FIFA e pelos eventuais esclarecimentos sobre os cenários de telecomunicações para cada um dos locais do evento.
Ministério das Comunicações