O presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), recordou as graves consequências da crise de 1929 ao defender, ontem, em Montevidéu, a adoção de uma ação conjunta do bloco diante da atual crise econômica mundial. Depois de 1929, lembrou, houve um grande crescimento do protecionismo e do nacionalismo econômico, que acabaram levando o mundo ao radicalismo político e à 2ª Guerra Mundial. Atualmente, comparou, as economias estão mais integradas do que naquela época.
– Estamos assistindo a um retorno do protecionismo e a uma atitude passiva diante da crise. Por isso, o parlamento deveria propor medidas mais fortes de integração – alertou.
Inácio Arruda (PCdoB-CE) ressaltou o "potencial gigantesco" da região – aí incluída a sua capacidade de geração de energia – e defendeu a necessidade de maior integração entre as economias dos países que formam o bloco.
Para Neuto de Conto (PMDB-SC), o estímulo ao setor agrícola pode ser o "grande caminho para se buscar a redenção neste momento tão delicado". Ele destacou a grande capacidade de produção dos países do bloco.
Já Pedro Simon (PMDB-RS) considerou positivo o fato de os países do Mercosul estarem debatendo juntos os caminhos para enfrentar os efeitos da crise. "Vamos parar de chorar nossas misérias e discutir as nossas potencialidades", sugeriu.