No dia 23 de abril foi detido pelas autoridades venezuelanas o cidadão Joaquín Pérez Becerra,quem de acordo ao Comunicado Oficial do Ministério do Interior, é requisitado pelos órgãos da justiça da República de Colômbia, através da Interpol. Becerra é um cidadão sueco-colombiano, ex-vereador sobrevivente da União Patriótica, que em 1994 obteve asilo político na Suécia por causa da perseguição que sofria no seu país.
Como político, jornalista e escritor, se destaca pelo trabalho no Portal de Notícias Anncol, sitio criado, segundo o seus porta-vozes, por asilados políticos colombianos com ajuda de personalidades nórdicas com linha editorial alternativa, independente, não neutra, que analisa a conjuntura colombiana numa perspectiva de esquerda. É atualmente membro fundador da Associação Bolivariana de Comunicadores ABC, organização fundada em dezembro de 2009, em Caracas, no marco do Congresso fundador do Movimento Continental Bolivariano (MCB).
O MCB chama a atenção para o fato de que o jornalista passou por vários países da Europa, em direção à Venezuela, sem ser detido em nenhum deles. “Por acaso a Interpol atue somente na Venezuela? Ou se trata de uma detenção articulada pela inteligência colombiana como reconheceu José Obdulio Gavíria? “
É necessário lembrar que a alarmante cifra de jornalistas assassinados em Colômbia ascende a 150 nos últimos 20 anos, três somente no ano passado. Mais alarmante ainda resultam os argumentos que se esgrimem contra Pérez Becerra, acusado desde o país Neogranadino justamente de um trabalho que não resulta constitutiva de delito em nenhum país democrático. Que delito há em publicar um portal Web de informação e opinião desde uma perspectiva dissidente em relação a um determinado governo?
Tanto a acusação como a detenção resultam um grave atentado a liberdade de informação e opinião que põe em dúvida o direito ganhado dos milhares de sítios de imprensa alternativos que circulam por internet.
O Movimewnto Continental Bolivariano faz “um chamado urgente a todos os Partidos revolucionários, organizações populares, jornalistas alternativos, ativistas dos direitos humanos, internacionalistas e especialmente ao povo bolivariano de Venezuela para não permitir a expulsão à Colômbia de Joaquín Pérez, manifestando sua rejeição a esta medida que atenta contra a vida e integridade deste jornalista ante as autoridades venezuelanas.”