Mais de 93% de eurodeputados rechaçou votar contra a Venezuela


Com uma massiva deserção de eurodeputados, uma resolução contra as inabilitações na Venezuela foi votada com apenas 6,5% de votos da direita e extrema direita do Parlamento Europeu. O vice-ministro da Europa, Alejandro Fleming, apontou que a massiva deserção de eurodeputados na plenária do Parlamento Europeu "demonstrou o repúdio aos grupos de direita e de extrema direita que utilizaram as instituições européias para favorecer os interesses da oposição venezuelana".

A resolução contou apenas com o apoio de 51 deputados direitistas, dos 783 que conformam o Parlamento Europeu, o qual equivale a uns 93,5% de deserção.  Horas antes, o Parlamento Europeu aprovaria vários textos relativos ao pressuposto 2009 com um quorum de mais de 500 deputados.

"Esta massiva deserção demonstra que a grande maioria dos deputados não se prestou ao jogo da direita e da extrema direita, e se negou a avalizar com seu voto que o Parlamento Europeu se colocara ao lado da corrupção na Venezuela," indicou o Vice-ministro.

Explicou que a direita européia tem voltado a utilizar de maneira abusiva o recurso de urgência do Parlamento Europeu, "porque não tem ao seu alcance outra maneira de atacar a Venezuela e suas instituições democráticas". "A Venezuela é um país soberano e o tema das inabilitações são de nossa estrita competência," disse o vice-ministro.
 
"Resulta contraditório que a direita européia rechace as inabilitações porque não aceita que uma decisão administrativa impeça que um funcionário corrupto seja eleito, mas ao mesmo tempo respalda a Diretiva de Retorno onde uma decisão administrativa pode levar à prisão a um imigrante que não tenha cometido crime algum," sentenciou.