Ligue 132 é um serviço nacional do programa “Crack, é possível vencer”, que visa prevenir o uso de drogas no País
Mais de 10 mil pessoas foram atendidas pelo serviço Ligue 132, que oferece orientações e informações sobre os riscos do uso de drogas, até o início de maio. Apenas em abril foram 2.538 atendimentos de ligações oriundas de todo o Brasil.
Inaugurado em 2005, Ligue 132 é um serviço nacional do programa “Crack, é possível vencer”, do governo federal, que tem como objetivo prevenir o uso de drogas no País.
A maior parte do volume registrado foi de usuários de drogas (32% dos atendimentos) e familiares que buscaram informações sobre como ajudar o seu parente (23%, sendo 17% apenas mães).
De acordo com a coordenadora do Ligue 132, Maristela Ferigolo, por utilizar uma metodologia própria, cada atendimento é personalizado e único. “A pessoa recebe atendimento especifico para seu caso conforme o estágio motivacional que se encontra. São utilizadas estratégias que possibilitarão o indivíduo a pensar e refletir sobre seu comportamento-problema”, ressalta.
A cocaína é a droga mais questionada no ano, totalizando 29% das ligações, ficando na frente de substâncias como álcool (26%), tabaco (23%) e maconha (18%).
São Paulo é o estado com o maior número de ligações, com 23% dos atendimentos realizados em 2014. Em segundo ficou Rio Grande do Sul com 8,3%, seguido do Rio de Janeiro, com 5,5%.
O serviço 132 funciona 24 horas por dia, de forma sigilosa e gratuita. O programa é uma parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad/MJ), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e AMTEPA. Todos os atendimentos são feitos por profissionais capacitados na área da saúde e voltados para motivar o usuário abandar o uso de drogas.
Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack
Para auxiliar o planejamento e o monitoramento das ações nos municípios, foi criado dentro do Sistema de Informação e Monitoramento da Presidência da República (SIMPR) a área do programa Crack, é possível vencer.
O acesso ao sistema é feito pelo link.
Na fase inicial, somente os estados, o Distrito Federal e os municípios com população acima de 200.000 habitantes têm acesso ao sistema.