O senador Inácio Arruda convida para o lançamento do livro “Messias Pontes, o Guerrilheiro da Palavra”, uma coletânea de artigos do jornalista cearense, que sempre deixou claro seu posicionamento em favor da democracia e das causas populares. São 86 artigos publicados na mídia tradicional, como também na imprensa classista, sindical e partidária. O lançamento está marcado para o dia 05 de junho de 2014, as 19h30min, no restaurante Maria Bonita (Rua Desembargador Leite Albuquerque, 358 – Aldeota).
Segundo o senador Inácio Arruda, quando pensou pela primeira vez em promover a edição desse livro, não era sua intenção, que ele viesse a se transformar numa homenagem póstuma a Messias Pontes. “Pretendia que fosse, sim, uma homenagem ao camarada vivo que, com paixão intensa, nunca deixou de combater o bom combate em defesa das causas do Brasil e do povo brasileiro, utilizando a arma que sabia manejar tão bem: a palavra”.
O livro “Messias Pontes, o Guerrilheiro da Palavra” é também uma homenagem aos seus leitores, que terão a oportunidade de ver reunidos em um só volume uma seleção representativa dos seus artigos e análises, que durante tantos anos serviram de bússola para os lutadores das causas populares no Ceará e no Brasil, e que foram republicados em diversos veículos, multiplicando o poder da sua voz. Como radialista, comandou por duas décadas o programa Espaço Aberto, que transformou numa trincheira dos movimentos sociais e das forças democráticas e progressistas.
Jornal O Mutirão
Messias Pontes teve participação destacada no jornal Mutirão, que marcou época no jornalismo cearense. Criado em 1977, durante o regime militar, o Mutirão, que se orgulhava de ser “um jornal que tem a petulância de colocar-se ao lado do povo”, deixou sempre claro o seu posicionamento em favor da democracia e das causas populares. Já em seu primeiro número, defendia a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para promover a redemocratização do Brasil. O Mutirão sempre apoiou as lutas dos trabalhadores, dos estudantes, dos artistas e intelectuais que combatiam a ditadura. O jornal encerrou suas atividades em 1982. Pelo importante papel que cumpriu nesse período tão difícil da vida nacional, o Mutirão garantiu a sua inclusão na história da imprensa alternativa brasileira, ao lado de publicações como o Pasquim, Movimento, Opinião, Em Tempo, entre outras.