O Senador Inácio Arruda criticou, em discurso no Plenário do Senado, a decisão do Conselho Monetário Nacional que na última segunda-feira reduziu a alíquota da taxa da TR, instrumento que fixa o reajuste dos investimentos em caderneta de poupança e das contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O Senador anunciou que apresentou requerimento na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) propondo a vinda do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, para explicar aos senadores os fundamentos da decisão.

Para Inácio, a mudança é grave porque prejudica o pequeno poupador. Os recursos da poupança movimentam o setor de construção civil e atendem à camada mais pobre da população: “Essa alteração da TR diminui os rendimentos da poupança justamente do poupador mais simples. Agora a sociedade exige uma explicação. É a poupança que movimenta os investimentos previstos no PAC, é dirigida para a casa, para o povo mais pobre e a classe média, para saneamento, esgoto, calçamento, além de gerar milhares de empregos”, alertou Inácio.

O Senador lembrou que o montante do FGTS também garante recursos para o setor de infra-estrutura e considerou inaceitável uma decisão que contrarie as diretrizes de alavancar o crescimento: “Se o Governo quer criar instrumentos para acelerar o crescimento e o desenvolvimento, é inexplicável, inaceitável e escandalosa essa decisão do Conselho Monetário”, resumiu o parlamentar. “O PCdoB vai defender o programa da eleição, ou seja, avançar o desenvolvimento. É isso que vamos defender, não vamos abrir mão”, afirmou.