O senador Inácio Arruda vai conversar com os sindicalistas cearenses sobre a campanha pela a aprovação da PEC 393/2001, de sua autoria e do senador Paulo Paim, que propõe a Redução da Jornada de Trabalho de 44 para 40 horas semanais. O Encontro acontece na próxima sexta-feira (), a partir das 08 horas, durante um café da manhã, na sede do Sindicato dos Bancários (rua 24 de Maio, 1289, Centro). Na ocasião serão debatidas também as principais questões relacionadas ao movimento sindical em pauta no Congresso Nacional.
A redução da Jornada de Trabalho é hoje uma bandeira unificada das centrais sindicais e conta com o apoio do Presidente Luis Inácio Lula da Silva. No dia 11 de fevereiro, um ato público, promovido pelas Centrais lançou, em São Paulo, a campanha pela redução da jornada, com a coleta de um milhão de assinaturas.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese) com a redução da jornada de trabalho, poderão ser criados, numa primeira etapa, 2.252.600 novos empregos no Brasil. No Ceará, a diminuição da carga horária trabalhada pode abrir aproximadamente 230,2 mil novas ocupações. Para o senador Inácio Arruda, a redução da jornada é uma forma de valorização do trabalho e deve ser encarada não como obstáculo, mas como fonte de crescimento econômico e alicerce de um projeto nacional soberano.
Bandeira da OIT
A redução da jornada de trabalho é uma bandeira do mundo todo, levantada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O excesso de trabalho tem cobrado um enorme custo social para o país. Apenas em 2007, a Previdência Social desembolsou R$ 10,7 bilhões para benefícios decorrentes de acidentes de trabalho e de atividades insalubres, contra R$ 9,94 bilhões do ano anterior.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) também defende a redução da jornada por entender que o excesso de trabalho provoca uma série de doenças ao trabalhador. Os números oficiais dão conta de meio milhão de acidentes e doenças relacionadas ao emprego por ano. Além da criação de empregos, a redução da jornada é também um fator de melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, especialmente das mulheres, que acumulam frequentemente o trabalho dentro e fora de casa.