Eurocâmara exige cessar-fogo imediato a Israel e Hamas


O presidente do Parlamento Europeu (PE), Hans-Gert Pöttering, exigiu hoje a Israel e ao Hamas, em nome da instituição, um cessar-fogo imediato que ponha fim à violência na Faixa de Gaza.

Pöttering aproveitou a abertura da sessão plenária da Eurocâmara para chamar de "inaceitável" a situação da população civil na região.

"Temos que fazer uma chamada ao fim da violência por ambas as partes", declarou o presidente do PE.

Hans-Gert Pöttering, que previamente tratou da situação em Gaza com os líderes dos grupos políticos da câmara, disseque "é preciso criticar totalmente que o Hamas siga disparando foguetes e mísseis contra cidades israelenses" e lembrou que "foi o Hamas quem encerrou unilateralmente o cessar-fogo".

"No entanto, se falamos da reação de Israel, não devemos esquecer a proporcionalidade dos meios que se empregam, porque toda a população de todo Oriente Médio tem a mesma dignidade", disse o presidente da Eurocâmara.

"O direito inalienável de um estado se proteger não justifica ações violentas sob as quais sofre a população civil", insistiu.

Pöttering lamentou ainda que tanto Israel quanto o Hamas tenham rejeitado a chamada de cessar-fogo feita pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e conclamou à UE a "ajudar o mais rapidamente possível às pessoas da Faixa de Gaza" e a não permitir uma piora da situação humanitária.

Para a Eurocâmara, junto às medidas de curto prazo, é necessária uma "solução política" ao conflito do Oriente Médio, que deve passar por dois Estados independentes com fronteiras seguras, segundo disse Pöttering.

Os eurodeputados, que devem analisar a situação em Gaza na próxima quarta-feira junto a representantes da Comissão Européia e da Presidência rotativa da UE, aprovaram hoje votar na quinta-feira uma resolução sobre o conflito.

A proposta dos deputados Verdes para que o PE se pronuncie de forma oficial recebeu 105 votos favoráveis e 86 contrários.

"É importantíssimo que o Parlamento se pronuncie e diga exatamente o que queira dizer", disse o líder verde, Daniel Cohn-Bendit acrescentando que seria "inadmissível" que a câmara "não tivesse coragem para isso".