Eixão das Águas: trechos inaugurados


No dia 19 de março, dia do padroeiro do Ceará, São José, o Governo do Estado comemora inaugurando os trechos 2 e 3 do Eixão das Águas. A inauguração acontecerá às 9h30min, no município de Pacajus, e terá as presenças do governador Cid Gomes, da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff,  e do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.

A conclusão dos dois trechos garante o abastecimento de água para a população da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), com cerca de 3,5 milhões de habitantes, mais os distritos industriais da Região. A obra trará segurança hídrica para o Ceará para os próximos 30 anos e assegurará a vinda de grandes projetos para o Estado, como a Refinaria e a Siderúrgica.

O principal eixo de transferência de água do Estado tem uma extensão de 167,2 km, entre o Vale do Jaguaribe e Fortaleza, passando, ao longo do seu curso, por 15 municípios das Regiões do Médio e do Baixo Jaguaribe. Até 2010 estarão concluídos os dois últimos trechos, o primeiro já em obras, aumentando para 255 km todo o seu comprimento de água canalizada, até chegar ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

Os investimentos nos três primeiros trechos, de um total de cinco, somam a quase R$ 1 bilhão com financiamentos do Banco Mundial, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério da Integração Nacional, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além da contrapartida do Governo do Estado. Para os dois últimos trechos estão previstas investimentos de quase R$ 500 milhões, o que permite admitir investimentos totais de R$ 1,5 bilhão até 2010, quando o Eixão estará concluído, sem contar com a construção da ETA-Estação de Tratamento de Águas-Oeste, em obras no Trecho 5, em Caucaia, com gastos de R$ 28 milhões.

No começo, a vazão da água do canal será de 11 metros cúbicos por segundo ( mil litros de água por segundo). Na segunda etapa esta capacidade dobrará para 22m3/s ( mil litros por segundo). Fortaleza consome atualmente oito mil litros por segundo. Na maior obra hídrica do Ceará são aplicadas as mais modernas tecnologias da engenharia mundial a cargo de consórcios construtores e supervisores, formados pelas principais empresas construtoras nacionais. O acompanhamento de todas as obras acha-se a cargo dos engenheiros da Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) e monitoramento das águas já está a cargo da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), ambas vinculadas administrativamente da Secretaria dos Recursos Hídricos do Ceará.

Trechos

Na encosta da Barragem do Castanhão, localizada próxima a cidade de Jaguaribara, começa o Trecho 1 do Eixão das Águas, inaugurado em 2004. Esse trecho está localizado entre o Castanhão e o Açude Curral Velho, município de Morada Nova. Foram investidos R$ 259,1 milhões e mede 54,7 km de extensão. O Trecho 2 situa-se entre o Açude Curral Velho e Serra do Félix, medindo 46,2 km e investimentos de R$ 264,1 milhões. O Trecho 3, entre Serra do Félix e Açude Pacajus, na cidade do mesmo nome, mede 66,3 km e estão concluídos investimentos em torno de R$ 393,4 milhões. O Pacajus faz parte dos quatro reservatórios que compõem o sistema de suprimento de água da RMF – Pacajus, Riachão, Pacoti e Gavião, além do apoio do açude Aracoiaba que é mais uma alternativa de suprimento d\’água de Fortaleza.

De acordo com o secretário Cesar Pinheiro, estão em andamento as obras do Trecho 4 do Eixão – ampliando a interligação dos Açudes Pacajus-Riachão-Pacoti e Gavião, que fazem a Estação de Tratamento de Água (ETA)-Fortaleza, numa extensão de 33,9 km, investimentos previstos de R$ 140,3 milhões. Por último, o Trecho 5, que ligará o Açude Gavião, em Fortaleza, até o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, onde serão investidos cerca de R$ 320 milhões. A extensão é de 55,1 km.

Segundo ainda o titular da SRH, com a conclusão do Eixão, em toda a sua dimensão, várias comunidades urbanas e rurais, onde se situam praias, lagoas e outras atrações turísticas, na região Oeste de Fortaleza, vão contar, em breve, com água vinda do Castanhão, já que está em construção a ETA-Estação de Tratamento de Água-Oeste, que absorve R$ 28 milhões. Isto sem se falar nos municípios situados por onde passa o canal.