Educação indígena


A educação indígena no Ceará está sendo discutida, desde esta quarta-feira, 25, na Conferência Regional da Educação Escolar Indígena, que está sendo realizada no Centro de Treinamento em Extensão (Centrex), em Caucaia. Para os índios, a prioridade é melhorar a capacitação do corpo docente. Além disso, eles querem a ampliação do número de escolas e da oferta do Ensino Médio.

Segundo a Amália Coelho, coordenadora da Educação Indígena da Secretaria de Educação do Estado (Seduc), apenas uma das 37 escolas voltadas para os indígenas oferta o segundo grau. A unidade fica no município de Poranga, no Sertão Central. Já a Associação das Comunidades Tapebas, aponta que, dos 300 professores, apenas dois têm ensino superior.

O censo escolar, feito ano passado, levantou que 5.299 pessoas estavam matriculadas nas escolas de educação indígena. Onze das 13 comunidades indígenas do Estado possuem escolas. As outras duas ainda não são recohecidas: Kariri de São Benedito e Kariris do Cariri.

O presidente da Associação das Comunidades Tapebas, Ricardo Weibe Costa, o Weibe Tapeba, explica que as unidades oferecem as disciplinas previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), como português e matemática. A diferença está no currículo. Os estudantes também aprendem cultura indígena, legislação, arte, história indígena e geografia dos índios do Ceará.

A Conferência, que vai até a próxima sexta-feira, reúne ainda etnias de Pernambuco e da Paraíba. O encontro antecede a Conferência Nacional da Educação Indígena, que acontece em setembro no Distrito Federal.

Números da educação indígena no Ceará
– 11 etnias
– 22 mil índios
– 37 escolas indígenas
– 5,2 mil alunos matriculados
– 300 professores indígenas