A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Organizações Não-Governamentais (ONGs) remarcou os depoimentos do diretor-executivo da Editora Universidade de Brasília (UnB) Alexandre Lima e do presidente do Conselho Superior da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), Antônio Manoel Dias Henriques, para a próxima terça-feira (), a partir das 10h30. Os dois deveriam ter prestado esclarecimentos à CPI no último dia 12, mas, em virtude da realização de sessão extraordinária do Congresso Nacional para votação do Orçamento da União, as oitivas foram canceladas.
Durante a semana, várias reportagens na imprensa exploraram o fato de que parlamentares de oposição ameaçam se retirar da CPI das ONG´s e da recém-criada CPI dos Cartões, alegando que manobras governistas estariam impedindo a aprovação de quebra de sigilo bancário ou telefônico e restringindo as investigações. Em nota publicada na revista Veja, noticiando a intenção do presidente da CPI das ONG´s de se afastar de sua função caso não houvesse quebra de sigilo, foi atribuída ao Senador Inácio Arruda, relator da CPI, a responsabilidade por não incluir esses requerimentos na pauta da comissão.
Em resposta enviada à revista, Inácio esclareceu que o próprio regimento interno do Senado determina que a competência para o ordenamento e direção dos trabalhos de qualquer comissão da Casa cabe a seu Presidente. Portanto, não seria ele, como relator, mas sim, o Presidente da CPI que teria o poder de definir quais requerimentos seriam postos em votação.
Criada para apurar a liberação, pelo governo federal, de recursos públicos para organizações não-governamentais (ONGs) e organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips), a CPI também tem por objetivo investigar a utilização, por essas entidades, desses recursos e de outros por elas recebidos do exterior, a partir do ano de 1999 até a data de 08 de novembro de 2007.