Novos dados divulgados pelo governo da China revelando aumento na produção industrial e no consumo interno confirmam que o país deve cumprir – ou até superar – a meta de 8% de crescimento do PIB para este ano.
Em outubro, a produção das fábricas na China registrou alta de 16,1%, um aumento de 7,9 pontos percentuais em comparação ao mesmo período do ano passado e 2,2 pontos acima do resultado obtido em setembro último.
O aumento da produção industrial é um sinal de que compradores estão confiantes num reaquecimento do consumo na China e no exterior.
As vendas do comércio, por sua vez, marcaram alta de 16,2% em comparação ao mesmo período do ano passado e de 0,7 pontos percentuais em relação ao mês anterior, setembro.
Grande parte desse aumento no consumo se deve ao pacote de US$ 600 bilhões em estímulos, lançado pelo governo em novembro do ano passado.
A iniciativa inclui subsídios para a compra de eletrodomésticos e computadores e cortes nos impostos sobre propriedade e automóveis.
Somente a venda de automóveis registrou alta de 72% em outubro, totalizando 1,22 milhão de unidades no mês.
De janeiro a outubro, 10,89 milhões de novos veículos chegaram às ruas da China, um aumento médio de 36,23% em relação aos dez primeiros meses de 2008.
Os investimentos em propriedades nas áreas urbanas cresceu 33,1% entre janeiro e outubro. Isso corresponde a um aumento de 5,9 pontos percentuais sobre os investimentos observados no mesmo período do ano passado.
Exportações
Outubro também marcou a maior desaceleração na queda das vendas ao exterior.
Desde o começo da crise mundial, há pouco mais de um ano, as exportações chinesas tem registrado queda. Em outubro, porém, essa queda foi a menor já observada.
A vendas ao exterior retraíram 13,8% em relação a outubro de 2008, totalizando US$110.8 bilhões de dólares.
No acumulado dos dez primeiros meses deste ano as exportações retraíram 20,5% somando US$957,36 bilhões.
As importações também recuaram 19% desde o começo do ano.
PIB
Para este ano a China tem a meta de crescer pelo menos 8%, afim de garantir geração de novos empregos o suficiente para que não haja insatisfação popular.
De janeiro a setembro a média alcançada foi de 7,7%. Uma elevação de mais de 10% é a estimativa para o último trimestre.
Com base nos resultados atingidos até o momento, na semana passada o Banco Mundial reviu para cima sua previsão de crescimento da China em 2009.
A instituição acredita que a economia da China expandirá 8,4% ao invés de 7,2% neste ano.
Para 2010, o Banco Mundial estima que as políticas de Pequim e o cenário de recuperação mundial garantirão um crescimento de e 8,7% ao PIB chinês.