Como protesto, gregos reativam ilegalmente energia elétrica em regiões pobres


Grupo “Nós não vamos pagar” se mobiliza para ajudar população que sofre com falta de serviços básicos
Manifestantes descobriram na Grécia uma nova forma de protestar contra o governo e a política de austeridade na União Europeia. A organização “Nós não vamos pagar” está reconectando de forma ilegal a energia elétrica de centenas de casas em regiões pobres do país que estavam sem luz por falta de pagamento.

 

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O grupo reúne uma equipe de eletricistas e técnicos de informática que auxiliam os moradores das regiões mais populares a fazerem o famoso “gato”. O governo gregro, no entanto, não aceita as ações do “Nós não vamos pagar” e promete sanções: no total, já são mais de 100 ações judiciais contra o grupo

Agência Efe

Centenas de manifestantes vão às ruas para protestar contra as políticas de austeridade

Com mais de 10 mil adeptos, os manifestantes afirmam que o país vive “uma série de desligamento dos serviços básicos”, pois a população não consegue quitar os vencimentos em função da crise econômica no país. 27% da população ativa da Grécia está desempregada.

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Após iniciar a reativação da energia elétrica, o grupo ganhou apoio maciço da população.  Agora, pretendem discutir com o governo alternativas para reduzir os efeitos das medidas de austeridade.

“A Grécia está afundada na pobreza e, mesmo assim, apenas algumas famílias do mundo detém 99% da riqueza mundial. É isso queremos derrubar aqui na Grécia e em todo o mundo “, afirmou Ilias Papadopoulos, líder do grupo em entrevista à RT.

 

 A cada mês, a Grécia bate novamente um recorde. E não se trata de alguma marca heróica, mas da mensal constatação da profunda crise econômica pela qual o país passa. De acordo com a agência de estatísticas da Grécia (Elstat), a taxa de desemprego subiu para 27,6% em maio — em abril foi de 27%. No mesmo período do ano passado, o índice tinha sido de 23,8%.

Segundo os dados da Elstat, divulgados nesta quinta-feira (08/08) o desemprego entre as pessoas com idades entre 15 e 24 anos aumentou acentuadamente para 64,9% em maio, de 57,5% abril. Dos 25 aos 34, 37,7%, enquanto que dos 35 aos 44 anos a taxa é de 24,7%. O dado de maio é o maior desde que o Elstat começou a publicar dados mensais de desemprego, em 2006.

 

Fonte: OperaMundi

 

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