Cartilha oferece dicas de moradia sustentável


Material orienta pessoas que desejam reformar ou construir, desde o projeto até o descarte correto de resíduos sólidos

 

Moradias sustentáveis são, em média, de 10% a 30% mais valorizados

Para quem está pensando em construir ou reformar de forma sustentável, foi disponibilizada uma cartilha com orientações sobre como fazer moradias que gerem economia e durabilidade e respeitem o meio ambiente. A cartilha, lançada pelo Ministério do Meio Ambiente, trás dicas aos consumidores sobre material e projetos sustentáveis, além de ensinar a melhor forma de se fazer o descarte de resíduos sólidos.

A publicação aponta o desafio que a sociedade moderna enfrenta de introduzir na área urbana um novo conceito de habitação e construção, que ofereça mais qualidade de vida aos habitantes das grandes cidades com menor impacto ao meio ambiente. Uma das alternativas para alcançar esse objetivo é praticar o consumo sustentável, usando com mais eficiência os recursos e os materiais necessários para a construção ou reforma e diminuindo, assim, o desperdício.

 

A ideia do Ministério é oferecer à cartilha, também, em alguns pontos relacionados à construção, como lojas e comércio.

 

Cartilha

A cartilha faz parte da série Cadernos de Consumo Sustentável, do Ministério do Meio Ambiente. Em parceria com a empresa de químicos para a construção, Basf, será permitida a distribuição de 100 mil exemplares em todo o País.

De forma didática, a publicação traz um mapa que mostra, em cada cômodo da casa, quais são as opções para execução de uma obra dentro dos conceitos de sustentabilidade. Além disso, o caderno aponta quais são as melhores disposições dos ambientes em uma residência para garantir o grau adequado de insolação e ventilação natural de cada lugar.

 

A publicação destaca que é importante desenvolver projetos que utilizem a iluminação e a ventilação naturais e outras vantagens que o meio ambiente provê. A sustentabilidade está diretamente ligada aos “3 Rs”: reduzir, reutilizar e reciclar. Essas ações podem estar presentes em uma obra sustentável.

 

Economia sustentável

 

De acordo com os dados da cartilha, uma casa ou prédio sustentável gera uma economia de aproximadamente 30% em sua manutenção, gasta menos água e energia elétrica e tem uma vida útil muito maior. O uso de material reciclado em lugar de produtos novos também poderá trazer economia.

 

Outro aspecto positivo é que, atualmente, as moradias sustentáveis estão em alta no mercado imobiliário. Esses imóveis são, em média, de 10% a 30% mais valorizados. Reformas que tornem imóveis antigos mais eficientes também se beneficiam dessa valorização extra.

 

Segundo o caderno, nas áreas externas, a proposta é valorizar os elementos naturais no tratamento paisagístico e o uso de espécies nativas. Também é indicado utilizar reciclados da construção e pavimentação permeável. Prefira o piso externo intertravado, feito de material prensado e que possui vida útil longa e baixo custo de manutenção.

 

Redução de energia

Para economizar energia, a sugestão é a utilização de iluminação de longa vida e baixo custo. Outra solução que ajuda a economizar energia elétrica é a instalação de um “dimmer”, dispositivo que regula a intensidade luminosa, e de sensores de presença nos ambientes. Na hora de equipar a residência, é importante ficar atento ao comprar os eletrodomésticos. A dica é verificar a etiqueta Procel (Selo Procel Eletrobras de Economia de Energia), que indica o consumo energético dos aparelhos, e optar por aqueles mais eficientes.

 

Já para economizar água, reaproveite a água da chuva. Construa cisternas para armazenagem e utilize a água para regar jardins, lavagem de pátios, etc. Utilize também dispositivos economizadores de água: torneiras, bacias sanitárias e chuveiros com tecnologias que proporcionam a diminuição do consumo de água.

 

Descarte de resíduos

A publicação também orienta sobre o descarte correto dos resíduos sólidos, que neste caso, são compostos em sua maioria por sobras das obras. Ela explica que, durante a reforma ou construção, é necessário separar espaços, na residência, para separação adequada de resíduos, e que, ao contratar a caçamba para entulhos,  a pessoa procure saber se a empresa descarta os resíduos corretamente.

Certifique-se que a obra esteja de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, do MMA, que prevê a destinação correta do lixo, incentivando a reciclagem e a sustentabilidade. A cartilha reforça que a estimativa é que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto de atividades da sociedade sejam provenientes da construção.

 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

 

,

Os comentários estão desativados.