Candidatura do PCdoB ao Senado


Em entrevista ao programa “Coletiva”, da TV O Povo, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) cobrou o apoio da base aliada de Cid Gomes para que o PCdoB possa conquistar uma das duas vagas ao Senado em 2010. O Vermelho reproduz a seguir a íntegra da reportagem sobre o programa, assinada por Ítalo Coriolano.

Inácio fala sobre 2010 Equilíbrio nas análises e firmeza nas opiniões. Essa foi a postura do senador Inácio Arruda (PCdoB), entrevistado de ontem do programa \’\’Coletiva\’\’, da TV O Povo. No entanto, mesmo conseguindo se desviar das polêmicas que estão na pauta de debate do cenário político local, Inácio não deixou de fazer cobranças quando o assunto é a eleição de 2010, e defendeu que uma das duas vagas para o Senado que estarão em disputa deve ficar com o PCdoB. O fato de o partido já estar contemplado com uma cadeira – o mandato de Inácio vai até 2014 – não é motivo para o comunista achar que a situação é confortável. \’\’O PSB tem o governo, o PT tem o vice e a Prefeitura de Fortaleza, enquanto o PMDB tem uma vaga no Senado e a presidência da Assembléia. É preciso examinar como prestigiar o PCdoB\’\’, observou o senador.

Para Inácio Arruda, o melhor perfil para estar ao lado do deputado federal Eunício Oliveira (PMDB), que já tem garantido o apoio do governador Cid Gomes (PSB) e da prefeita Luizianne Lins (PT), seria o do deputado federal Chico Lopes (PCdoB), a quem classificou de \’\’figura extraordinária\’\’. \’\’O Lopes é muito respeitado no Ceará e pode sim compor com a candidatura do Eunício, que é o candidato do PMDB até o momento\’\’, defendeu.

Argumentos para a postulação não faltaram. O primeiro foi o aumento no número de prefeituras conquistadas pelo PCdoB nas últimas eleições. A partir de 2009, o partido comandará cinco prefeituras, quatro a mais do que hoje. \’\’O nosso crescimento foi extraordinário\’\’, pontuou. Em seguida, o senador ressaltou que a conta que favorece um nome do PCdoB para a disputa ao Senado não é \’\’aritmética\’\’, mas sim \’\’política\’\’.

Sobre uma possível participação do PSDB, mesmo que informal, na coligação que lutará pela reeleição de Cid Gomes, o senador tratou logo de descartá-la, argumentando que isso enfraqueceria a reeleição de Tasso Jereissati. Uma inclusão do partido tucano na chapa de apoio a Cid só seria possível, segundo Inácio, se o grupo de siglas que hoje faz parte do governo abrisse mão da outra vaga ao Senado para Tasso, o que o senador considera \’\’muito difícil\’\’ de acontecer.