Campanha incentiva o desarmamento e foca na proteção das famílias


 

Nas peças publicitárias que estão sendo divulgadas, principalmente na internet, atores reproduzem depoimentos baseados com casos reais de mães e pais que perderam filhos, crianças e jovens, assassinados por arma de fogo ou por morte acidental.
Com o tema “Proteja sua família, desarme-se”, a campanha quer sensibilizar a brasileiro a entregar suas armas. Dados do Ministério da Saúde indicam que 35.233 brasileiros morreram, em 2010, vítimas de armas de fogo. O número corresponde a 70,5% dos 49.932 assassinatos cometidos no país naquele ano.
Se forem considerados os suicídios, os acidentes e mortes de intenção indeterminada, as armas de fogo foram os instrumentos responsáveis pela morte de mais de 38 mil pessoas. Dados do Ministério da Saúde mostram que as mortes por armas de fogo caíram de 39,3 mil, em 2003, para 37,1 mil, em 2004, e 36 mil, em 2005.

 

Saiba mais sobre a campanha no site oficial e noperfil no Twitter
Para incentivar a entrega de armas pelos cidadãos, os valores de indenização para quem aderir à Campanha Nacional de Desarmamento foram aumentados. Os recursos, que antes iam de R$ 100 a R$ 300, passam a variar de R$ 150 a R$ 450 de acordo com o tipo e calibre do armamento. Veja os valores reajustados.

 

A campanha está em vigor desde maio de 2011. No ano passado, foram recolhidas 36,8 mil armas de fogo no País. Em 2012, desde janeiro, 62 mil armas foram entregues. São Paulo lidera, com 17 mil armas entregues. De acordo com o ministério, as duas razões que mais estimulam a entrega voluntária de armas são o anonimato e a indenização, paga em 24 horas.

 

Como entregar
Qualquer pessoa que queira entregar uma arma de fogo deve se dirigir a uma delegacia da Polícia Federal (PF) ou da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ou demais postos cadastrados. Verifique os postos de entrega voluntária de armas .
Para entregar arma é necessário ter preenchida uma guia de trânsito, para que o cidadão se locomova de maneira legal e segura até o posto de entrega. A arma deve ser entregue descarregada e embalada. Munições devem ser levadas separadamente, mas não serão indenizadas. A identificação de quem quiser entregar a arma não é obrigatória.
As armas serão inutilizadas no ato da entrega nos postos credenciados. Posteriormente, serão encaminhadas ao setor especializado da Polícia Federal para o descarte total, que, geralmente, é feito por meio da queima em fornos industriais de alta temperatura.
Ao entregar a arma, o cidadão receberá um protocolo do Banco do Brasil, composto de 16 dígitos, e uma senha de quatro dígitos que ele mesmo cadastrará na hora. Com esse documento, a pessoa deve se dirigir a uma das agências ou caixas eletrônicos do banco, para sacar sua indenização. O prazo é de 24 horas depois da arma entregue.

Números

 

Em 2011, foram pagos R$ 3,5 milhões em indenizações pelos armamentos. O orçamento da campanha no ano passado foi de R$ 9 milhões. Até 2011, 24 estados e o Distrito Federal aderiram à campanha, com 1.886 postos em todas as unidades da federação, localizados em batalhões das Polícias Militar, Civil e Federal, além das Guardas Municipais e Corpo de Bombeiros.

 

São Paulo (com 9.994), Rio Grande do Sul (com 4.599), Rio de Janeiro (com 3.918) e Minas Gerais (com 3.033) foram os estados com maior número de entregas no ano passado. A relação entre o número de entregas e o tamanho da população coloca em destaque a participação de locais com população menor, como é o caso do Acre e do Distrito federal.

 

Desde 2004, as mobilizações foram responsáveis por retirar de circulação cerca de 570 mil armas. A edição iniciada em 2008 foi responsável pela regularização de outras 500 mil.

 

Fonte: Portal Brasil

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