A Campanha de Vacinação contra a Poliomielite se encerra nesta semana em todo o país. Os pais ou responsáveis têm até a sexta-feira (21) para levar as crianças de seis meses a 5 anos incompletos para tomar a vacina. O balanço parcial do Ministério da Saúde indica que, até a manhã desta segunda-feira (17), 8,4 milhões crianças em todo país haviam sido vacinadas contra a doença.
Do público-alvo – formado por 12,9 milhões de crianças – 65,2% já participaram da mobilização. A meta é atingir 95% deste público, o que totaliza 12,2 milhões de crianças.
Os estados com as maiores coberturas vacinais foram: Rio Grande do Sul (76,4%), Paraná (76,4%), Rondônia (75,5%), Amazonas (73,1%), Goiás (71,2%) e São Paulo (71,1%), de acordo com dados repassados pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde. O melhor desempenho por subgrupo de idade até o momento foi entre as crianças de 6 meses a menores de 1 ano, atingindo 72,56% do público-alvo, o que representa 1.058.062 doses aplicadas.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, Carla Domingues, destacou que os números estão dentro dos objetivos traçados, mas ressaltou a importância dos pais ou responsáveis levarem as crianças aos postos para tomar a dose da vacina, para que o país alcance as metas, como nas campanhas dos anos anteriores.
“É fundamental também que os pais não se esqueçam da caderneta de vacinação, para que o profissional de saúde possa avaliar a situação vacinal da criança, considerando o esquema sequencial”, explicou a coordenada.
O último caso registrado de poliomielite no Brasil foi há 24 anos e, desde 1994, o País mantém o certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicação da poliomielite. Mesmo assim, é fundamental manter as crianças imunizadas, para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, pois alguns países ainda registram casos da doença.
Vale lembrar que não existe tratamento contra a paralisia infantil, sendo a vacina a única forma de prevenção. Ela protege contra os três sorotipos do poliovírus: 1, 2 e 3. Mesmo as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia podem receber as gotinhas. Em alguns casos – como em crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina -, recomenda-se que os pais consultem um médico para avaliar se a vacina deve ser aplicada.
A campanha é realizada em conjunto entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde. O Ministério da Saúde investiu R$ 32,3 milhões, sendo destinados R$ 18,6 milhões em repasses do Fundo Nacional aos estados e municípios e R$ 13,7 milhões para a aquisição das vacinas. Em todo o País, foram distribuídas 19,4 milhões de doses da vacina oral.
Fonte: Portal Planalto com informações do Ministério da Saúde