Brasília, 16 de agosto:o povo em defesa da legalidade democrática, contra a corrupção e pelas mudanças


A oposição conservadora que assumiu a regência da crise política procura, neste instante, apertar o cerco contra o mandato do presidente da República.


Por sua vez, ao perceber que é alvo de uma operação de “cerco e aniquilamento,” o presidente Lula cumpre uma agenda que o leva ao encontro do povo e dos trabalhadores. Sabe o presidente que se erradamente adotasse o comportamento de um líder acuado, os seus algozes agiriam ainda com mais ferocidade. É cínica, portanto, a atitude da mídia e dos próceres da oposição que censuram a correta reação de Lula. “Sangram” o presidente, fazem chantagem e ameaçam com a cassação do mandato que o povo lhe conferiu e têm o desplante de exigir que ele “sangre” em silêncio.


Neste contexto, ganha ainda mais importância a manifestação convocada pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), programada para o próximo dia 16 em Brasília. A manifestação se realizará sob quatro bandeiras principais: reforma política democrática, luta contra a corrupção, mudanças na política econômica, defesa da legalidade democrática. Os movimentos sociais irão fazer uma defesa veemente da democracia, rejeitando e denunciando as manobras golpistas da oposição conservadora, que se aproveita da situação para tentar cassar o mandato legítimo do presidente e assim criar condições para o retorno do conservadorismo neoliberal ao governo da República.


Em Brasília, os estudantes, trabalhadores, militantes e integrantes da base dos movimentos sociais, ao lutarem contra a corrupção, irão defender uma reforma política que acabe com o financiamento privado das campanhas – uma das raízes da corrupção que deteriora o processo eleitoral brasileiro. No lugar disso, apresenta-se a proposta do financiamento público das campanhas. Simultaneamente, o movimento exigirá uma reforma que reforce a democracia fortalecendo os partidos e mantendo a pluralidade partidária, que é hoje uma das características positivas realidade política do país. Nesse sentido se opõem ao dispositivo restritivo denominado “cláusula de barreira”.


Ao mesmo em que se opõem à manobra golpista da oposição, os movimentos sociais mais uma vez irão exigir do governo a imediata implementação de uma agenda que atenda suas históricas reivindicações: política permanente de valorização do salário mínimo, cumprimento das metas do plano nacional de reforma agrária, fortalecimento do ensino público em todos os seus níveis, melhoria do sistema público de saúde e mais verbas para os programas de moradia popular, cultura, esporte, entre outros.


Ante a ofensiva da oposição conservadora não há outro caminho senão o da luta, o da mobilização e da resistência. Para isso é preciso reagrupar e de novo unir a frente democrática, patriótica e popular. O debate e o diálogo entre os partidos, as personalidades que integram este campo são indispensáveis para organizar a resistência e a contra-ofensiva. Ao mesmo tempo, é também urgente a mobilização popular para fazer frente às maquinação antidemocráticas da oposição.


Dessa maneira, todas as forças do campo progressista e popular devem se empenhar ao máximo pelo êxito da manifestação da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) programada para o próximo dia 16 de agosto.