A Arábia Saudita desistiu nesta sexta-feira (18) de ocupar, pela primeira vez, um assento temporário no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O governo justificou a decisão dizendo que o organismo da ONU é “incapaz de colocar fim às guerras e de achar uma solução para os conflitos mundiais”.
Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita criticou também “os métodos, os instrumentos de trabalho e os dois pesos e duas medidas” usadas pelo Conselho de Segurança, “os quais o tornam incapaz de desenvolver seu dever e assumir a responsabilidade para a manutenção e a segurança da paz”. “A atual configuração do Conselho de Segurança contribui para aprofundar a injustiça entre os povos, para violentar os direitos e para difundir os confrontos e guerras”, criticou a nota.
“A Arábia Saudita, há anos, defende que sejam implantadas as reformas necessárias, de modo que o Conselho de Segurança esteja, verdadeiramente, a serviço da segurança e da paz no mundo”, ressaltou a Chancelaria, dizendo que “a questão palestina, há 65 anos, é a prova mais evidente da incapacidade do Conselho de Segurança da ONU”. Além da Arábia Saudita, Nigéria, Chade, Chile e Lituânia foram os cinco novos membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU para o biênio 2014-15.
O anúncio foi feito ontem. Os eleitos entrarão para o grupo de 15 países que formam o órgão a partir do próximo mês de janeiro. Segundo as normas estabelecidas pela ONU, os postos são distribuídos por critérios regionais: três pertencem ao grupo África e Ásia-Pacífico, um é da Europa e outro das Américas. Os cinco representantes fixos do Conselho de Segurança e com direito a veto são: Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Rússia.
Fonte: ANSA