América Latina promete manter programas sociais apesar da crise


Os países participantes da 18a Cúpula Ibero-Americana, em El Salvador, prometeram na quinta-feira manter seus programas sociais, principalmente no combate à pobreza, apesar da crise financeira global.

Governantes da América Latina, Espanha e Portugal encerram na sexta-feira esta cúpula de dois dias, marcada pela turbulência nos mercados.

"(Os participantes) dedicam grande prioridade a não dar marcha a ré nas conquistas sociais que se deram nos últimos anos, especialmente em matéria de redução da pobreza", disse o secretário-geral da cúpula, Enrique Iglesias.

Mas o funcionário disse ainda que um agravamento na crise poderia complicar essa postura. "Claramente, se a crise se aprofundar, e se nesse aprofundamento for afetada a capacidade fiscal dos Estados, porque se reduz a arrecadação, isso pode ter sua repercussão sobre o setor social", afirmou.

A instabilidade financeira internacional, desatada pela crise do mercado de hipotecas de alto risco nos EUA, principal sócio comercial da América Latina, já afetou os mercados e as moedas da região.

Na quinta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, pediu em Nova Délhi que os países ricos não percam o interesse no Terceiro Mundo devido à crise.

Entidades como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já ofereceram linhas de crédito para que os países em desenvolvimento mantenham a liquidez dos mercados e dêem continuidade aos seus programas sociais.