O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, chega nesta segunda-feira ao Brasil para uma visita oficial de dois dias que passará por São Paulo e Brasília, e durante a qual buscará novos investimentos para seu país.
Amanhã de manhã, em São Paulo, o mandatário presenciará a inauguração de uma fábrica da empresa colombiana de tecnologia de segurança Tracker. Em seguida, discursará a 200 executivos brasileiros em um hotel e participará de um encontro na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Também está prevista uma reunião com o governador de São Paulo, José Serra.
Na terça, Uribe segue para Brasília, onde será recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro ocorre pouco mais de uma semana depois de o Brasil ter auxiliado a Colômbia nas operações que resgataram seis reféns libertados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O Exército brasileiro cedeu um grupo de oficiais e dois helicópteros Cougar para a realização do procedimento. O presidente da Colômbia será condecorado com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul e assinará acordos comerciais e de segurança.
Ao lado de Lula, participará de um almoço no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, ao qual também estarão presentes os chanceleres Jaime Bermúdez e Celso Amorim. No fim da visita, Uribe visitará o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Um dos principais objetivos da viagem é ampliar e diversificar a pauta do comércio bilateral entre os dois países, cuja balança é deficitária para a Colômbia. Para Bogotá, uma forma de equilibrar as relações seria potencializar os investimentos brasileiros no país.
A aproximação com o Brasil coincide com o momento em que o Congresso dos Estados Unidos endurece suas posições para aprovar o Tratado de Livre Comércio (TLC) com a Colômbia.
O acordo segue travado, enquanto deputados e senadores norte-americanos, sobretudo da bancada democrata, apontam denúncias de violações dos direitos humanos praticadas no país sul-americano, e em especial episódios de violência contra líderes sindicais.