O parlamentar paraguaio Ignácio Mendoza Unzain foi eleito nesta terça-feira () presidente do Parlamento do Mercosul para os próximos seis meses. Em seu pronunciamento, Ignácio Mendoza disse que dedicará esforços para a consolidação e o fortalecimento da instituição. O novo presidente afirmou ainda que o Parlamento do Mercosul deve ser respeitado, conhecido e ampliado.
A eleição ocorreu durante a primeira sessão ordinária do Parlamento do Mercosul em 2009. Na mesma sessão, foram eleitos os três vice-presidentes para um mandato de dois anos: Dr. Rosinha, pelo Brasil, José Juan Bautista Pampuro, pela Argentina, e Juan Jose Domínguez, pelo Uruguai. A cada seis meses, um vice-presidente assume a Presidência do Parlamento, o que permite que representantes dos quatro países ocupem o cargo.
Direitos Humanos
Ainda no Parlamento do Mercosul, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Parlamento aprovou a criação de uma subcomissão temporária para planejamento de uma estratégia comum na luta contra o tráfico de pessoas. A subcomissão deverá propor a harmonização das leis dos quatro países do bloco sobre a matéria, estudando as leis vigentes para integrá-las a fim de que o combate ao tráfico de pessoas e a proteção das vítimas sejam feitos de forma sincronizada.
De acordo com as últimas estatísticas, o tráfico de pessoas, em especial de mulheres e crianças, ocupa o terceiro lugar como atividade lucrativa ilícita no mundo, depois do tráfico de drogas e do tráfico de armas. O crime é muito mais frequente em países com baixos índices socioeconômicos.
Guarani pode ser língua oficial
A Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Esportes do Parlamento do Mercosul aprovou uma recomendação ao Conselho do Mercado Comum (CMC) para que o Guarani seja considerado idioma oficial do Mercosul e se converta em idioma de trabalho do bloco regional, como o Espanhol e o Português. Autor da proposta, o parlamentar paraguaio Héctor Lacognata disse que há cerca de 15 milhões de pessoas que falam o Guarani e vivem no Paraguai e em regiões da Argentina, da Bolívia e do Brasil. A decisão da comissão será ainda submetida ao Plenário. Se ela for confirmada pelo conjunto do Parlamento e adotada pelo Conselho, todos os documentos do bloco e também os pronunciamentos nos diferentes eventos do Mercosul terão de ser traduzidos para o Guarani.
Segundo Hector Lacognata, o Guarani é a língua autóctone mais falada da América Latina. Em agosto de 1995, os ministros de Educação e Cultura dos países membros do Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – declararam o Guarani língua histórica do bloco. O CMC, em 2006, também considerou o Guarani como um dos idiomas do Mercosul.
A mesma comissão aprovou também uma recomendação às autoridades do bloco para que seja criado o Memorial da Guerra da Tríplice Aliança (-1870), com a incorporação dos monumentos da época, dos lugares das principais batalhas, dos arquivos públicos e privados que tenham documentação sobre a guerra, seus antecedentes e consequências, e dos museus dedicados ao tema.