A presidente da Argentina, Christina Kirchner, declarou estado de emergência agrícola em áreas afetadas pela pior seca a assolar o país em quatro décadas.
O estado de emergência permitirá aos agricultores das áreas afetadas adiar os pagamentos de impostos por um ano, disse Christina.
A Argentina –uma das principais produtores mundiais de soja, milho, trigo e carne– está sofrendo com a seca em boa parte de sua área agrícola. As estimativas de colheita foram reduzidas e bois estão morrendo de sede.
"Diante desta realidade dura e dolorosa, o governo está estendendo a mão a estes agricultores", disse Sergio Massa, chefe do gabinete, a repórteres, depois que a presidente anunciou o estado de emergência.
Os agricultores, que travam uma batalha política com o governo devido às taxas de exportação (que consideram altas), dizem que querem um planejamento mais longo para o estado de emergência em vez dos subsídios e outros benefícios de curto prazo oferecidos por Christina.
A estação de plantio de milho está acabando, mas a produção do atual ciclo do milho pode cair 40 por cento em relação à colheita do ano passado, previu a Bolsa de Grãos de Buenos Aires.
Na sexta-feira, a bolsa cortou sua estimativa para a safra 2008/2009 da soja na Argentina, de 18,2 milhões de hectares para 17,9 milhões de hectares, por causa da seca.