O referendo sobre a nova Constituição da Bolívia, realizado no último domingo, foi "totalmente normal", de acordo "com as normas de convivência democrática e pacífica", informou a comissão de observadores da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Um comunicado apresentado em La Paz por Freddy Gutiérrez, membro da comissão, declarou que os bolivianos realizaram um "grande exercício dos direitos eleitorais". A comissão acompanhou as consultas realizadas em La Paz, em El Alto e em uma zona rural, e esteve em contato, com a coordenação de trabalhos conjuntos, com a Organização dos Estados Americanos (OEA) e outras entidades.
A Unasul também elogiou as autoridades eleitorais bolivianas pela organização do referendo em uma mensagem transmitida pela presidente chilena, Michelle Bachelet, que exerce a presidência de turno do bloco.
Segundo as pesquisas de boca-de-urna, os bolivianos aprovaram ontem com ampla adesão a nova Constituição do país, proposta pelo presidente Evo Morales e que reconhece os direitos da maioria indígena, além de estabelecer a autonomia em diversos níveis e determinar como essenciais o acesso à água, habitação, educação e trabalho.
Sobre a questão da extensão máxima de propriedades rurais no país, também levada à consulta popular, a população optou pelo tamanho máximo de 5.000 hectares. A outra extensão era de 10.000 hectares.