Passeata da UNE e Ubes


“Educação não é mercadoria”, esse é o mote do protesto convocado pela UNE, Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), UEE-SP (União Estadual dos Estudantes) e Upes (União Paulista dos Estudantes Secundaristas) em frente ao Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), nesta quinta-feira (), no bairro do Ipiranga, às 14 horas. O alvo e o recém criado \’SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) da educação\’, que iguala o cohecimento à mercadoria.   

Munidos de um carrinho de compras com imitações de produtos contendo nomes de cursos de graduação, e simbolizando a mercantilização da educação os estudantes protestarão pacificamente pela suspensão do Cadastro de Informações dos Estudantes Brasileiros (Cineb).

\’\’Nosso setor jurídico já trabalha para entrar com ação nesta sexta-feira (). Estamos otimistas com uma resposta positiva do Ministério Público Federal\’\’, afirma a presidente da UNE, Lúcia Stumpf. \’\’Não é possível esse tratamento da educação como mercadoria. O Estado concede às instituições a possibilidade de oferecer um serviço. A educação é um direito\’\’, aponta.

\’\’A implementação do Cineb, aliada à falta de comprometimento com a qualidade do ensino nas instituições particulares no Brasil, demonstra a visão mercantilista em relação educação, que é um direito, não um bem de consumo\’\’, avalia a vice-presidente da UNE e diretora da UEE-SP, Ana Flávia Marques.

O ato convocado é a primeira ação do movimento estudantil na tentativa de suspender o cadastro, considerado arbitrário e, de acordo com as entidades, demonstra que os \’\’proprietários de instituições de ensino não têm compromisso com a função social da educação e enxergam as escolas e universidades como uma mera atividade de mercado\’\’.

O Cineb

Começou a funcionar oficialmente na ultima quarta-feira (/10). O site – que é patrocinado pela Confenem – poderá ser consultado por escolas e universidades de todo o país e terá o nome dos alunos ou pais de alunos que estão inadimplentes com algum estabelecimento de ensino particular.

Caso o estabelecimento decida consultar os dados do estudante interessado em se matricular e constatar que há relatos de inadimplência, a matrícula poderá ser recusada.