Menor alta


Os preços dos produtos e serviços destinados a crianças (que consomem aproximadamente 10% do orçamento familiar) registraram até setembro deste ano elevação de apenas 1,28%, a  menor dos últimos quatro anos. No entanto, a alta acumulada nos últimos 12 meses do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getulio Vargas (IPC/FGV), de 5,6%, foi a maior dos últimos quatro anos.

Entre as principais despesas, as quedas mais expressivas foram verificadas para alimentos (-0,90%) e brinquedos (-4,79%). Para o primeiro grupo, as maiores quedas foram verificadas para frutas e laticínios, cujos destaques foram: laranja lima (-8,98%) e leite tipo longa vida (-19,62%). Para o segundo, a queda mais significativa foi para videogames: (-10,15%).

Os dados fazem parte de pesquisa elaborada pelo economista André Braz e revelam que o índice calculado sobre as demais despesas não recuou em todos os segmentos analisados. Os gastos com vestuário (52%), saúde (98%), educação (70%) e recreação (23%) tiveram variação acima da média do indicador, superando inclusive a média apurada entre outubro de 2006 e setembro de 2007.

Sobre o aumento de 6,23% no item recreação, Braz recomenda uma melhor escolha por parte dos pais, de modo a minimizar o impacto no orçamento. “Cabe aos pais decidir qual tipo de lazer é mais adequado para encaixar no  orçamento familiar." O economista lembrou que não devem ser esquecidos clubes recreativos, zoológicos, praias e parques, que costumam ser um tipo de diversão interessante e com custo bem mais baixo. 

Para André Braz, os gastos com as crianças vêm reduzindo seu peso no orçamento familiar nos últimos quatro anos, “o que, de certa forma, é uma alívio para os pais".