‘Vamos ao segundo turno’, diz Ângela


Mudar Florianópolis não é tarefa fácil. A cidade é comandada por velhos caciques – como Jorge Bornhausen e Esperidião Amin – e por novos administradores viciados na velha politicagem, como Dário Berger. Ângela Albino surge como uma alternativa à mesmice local.

Para vencer, a comunista aposta na virada baseada em seu crescimento contínuo: Ângela está em terceiro, tecnicamente empatada com César Souza Júnior (DEM), candidato de Bornhausen. À frente estão Berger (PMDB) e Esperidião Amin (PP), nenhum com maioria absoluta na preferência dos eleitores.

E para ajudar a levar Ângela Albino para o segundo turno, o senador Inácio Arruda e várias lideranças comunistas estiveram na manhã dessa quarta-feira em Florianópolis participando, junto com a candidata, de caminhadas pelo centro da cidade e de pequenos comícios. "Tenho certeza que Ângela chegará ao segundo turno, porque no campo da esquerda, ela é a candidata mais bem posicionada", afirmou Inácio, ressaltando que a chapa PCdoB-PDT é uma alternativa inovadora para a capital.

Ângela pondera que o cenário em Florianópolis está embolado. "Ninguém está suficientemente destacado para garantir sua posição. Hoje a única convicção possível de ser formulada é que teremos segundo turno. Agora, quem vai é impossível dizer".

Com poucos recursos, lutando contra o poder econômico local e o uso da máquina pelo atual prefeito e com apenas 2 minutos e 57 segundos de programa eleitoral, Ângela e Tico Lacerda têm investido na campanha de rua, conversado com eleitores e ouvindo suas sugestões e queixas.

"Estamos lutando contra grandes tubarões. E estamos ganhando o respeito da cidade. O partido conhece Florianópolis e seus problemas e faz proposições para melhorar a vida dos cidadãos", diz. E salienta: "temos a menor rejeição e, portanto, temos todas as condições de construir nosso caminho rumo ao segundo turno".