Inácio Arruda afirma que agirá com rigor na CPI das ONGs


“Conhece pouco o PCdoB, quem fez esse tipo de ilação. O nosso Partido, sempre que assumiu uma responsabilidade, tem agido não só dentro dos parâmetros que têm as instituições, mas sobretudo com rigor”, afirmou o novo relator da CPI das ONGs, Inácio Arruda (PCdoB-CE), ao ser questionado por um jornalista sobre sua indicação ao cargo. O repórter insinuou que a indicação do comunista teria relação com um pedido da senadora e líder do PT, Ideli Salvati, para acobertar possíveis fraudes numa instituição ligada a parlamentar.

Senadores recolherão dados sobre ONGs investigadas Inácio foi incisivo ao falar que para ele o que importa é investigar as denúncias de irregularidades e possíveis fraudes. Segundo o parlamentar, não importa a relação que a instituição tenha, seja ela de oposição ou governista. “Importante é fazer com que o terceiro setor funcione regularmente no Brasil”.

O primeiro passo, de acordo com o relator, é receber todas as informações e sugestões dos senadores. O senador comunista explicou que outro ponto importante, e inicial, será um debate sobre o conceito de ONG, “principalmente porque são centenas de instituições. Precisamos ajustar bem o que vamos investigar”.

Nesta quarta-feira () alguns membros da CPI irão visitar o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Walton Alencar Rodrigues, para recolher informações de ONGs que já estão sendo investigadas pelo TCU.

Os dados da Procuradoria Geral da União e da Controladoria Geral da União também serão requisitados pelos parlamentares. “Primeiro vamos em busca do que já está sendo investigado”.

“Também vamos receber todas as sugestões de senadores para que o trabalho seja muito sintonizado. Isso ajuda a CPI a ter êxito e resultar em preposições que dinamizem o terceiro setor, ajustem as passagens de recursos para esse setor que é importante”, fala, reafirmando que ‘existem muitas ONGs que têm trabalhos positivos e extremamente importantes neste país”.

Inácio falou que os membros da CPI terão que ter muita tranquilidade para que nenhum tipo de pressão possa vir influenciar no trabalho. “Se não ela deixar de ser uma CPI que venha investigar fraudes e irregularidades e passar a ser uma CPI partidária. Isso não pode acontecer”. 

O senador comunista afirmou que todos da comissão devem ter um trabalho despolitizado. “Embora todos que fazem parte da CPI tenham uma ligação política muito forte na situação e na oposição, a responsabilidade de apurar tem que se colocar acima das questões partidárias” afirmou.