O Exército iniciou ontem () o treinamento de militares para trabalhar no combate e controle da dengue no Ceará. A medida decorre de uma articulação do senador Inácio Arruda e do deputado federal Chico Lopes que, junto com o secretário de Saúde, João Ananias, participaram de uma audiência com o ministro da Defesa, Waldir Pires. Com essa medida, o exército poderá prestar uma contribuição inestimável para o controle de uma moléstia, cuja propagação pode adquirir caráter epidêmico, se não houver um combate sistemático, lembra Inácio.
Os 20 militares destacados para o trabalho e que vão reforçar a equipe de agentes de combate a dengue, receberam treinamento no 23º Batalhão de Caçadores (º BC). O treinamento ocorrerá para outras três equipes de 20 homens. Em cada grupo, há um tenente, dois sargentos e 17 soldados e cabos. Eles recebem informações sobre a doença, principalmente a respeito de como o mosquito Aedes aegypti se reproduz; quais os sintomas; onde se localizam os principais criadouros e as medidas de mobilização social.
A segunda equipe recebeu hoje (), durante toda a tarde, o mesmo treinamento no Parque Regional de Manutenção. Pela manhã, foi a vez de 1.200 bombeiros participarem, também, de um curso de capacitação no combate à dengue, no Sesi da Barra do Ceará. Eles vão atuar no alerta a população sobre os métodos de prevenção a doença.
Na próxima semana, 40 bombeiros receberão treinamento aprofundado. O terceiro grupo participará do curso de capacitação na quinta-feira, no Quartel General da 10º Região Militar e o último, que contará com homens do 40º Batalhão de Infantaria, terá o treinamento em Crateús. Tanto os militares quanto os bombeiros só atuaram em campo quando ocorrer uma epidemia incontrolável. A primeira vez que Fortaleza precisou da ajuda do Exército foi durante a epidemia de dengue em 1986. Os militares tiveram de recolher todos os pneus da Cidade.
Para o senador Inácio Arruda o exército, por sua natureza organizacional e disciplinar, tem condições ideais para oferecer um apoio importantíssimo no combate a dengue, tanto do ponto de vista de efetivos para o trabalho corpo-a-corpo, como no concernente à logística. Além do mais, para o Exército, o ato não é inédito visto que tem participado de campanhas de interesse público junto à comunidade, em várias partes do País.