O plenário do Comitê Central do Partido Comunista da Venezuela (PCV) se despediu com aplausos do líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Manuel Marulanda – cujo nome verdadeira era Pedro Antonio Marín –, informou nesta segunda-feira () seu principal dirigente, Oscar Figueras.
Assim que as Farc confirmaram no último domingo () a morte de seu líder em um vídeo entregue à emissora "Telesur", em Caracas, membros do partido prestaram "um minuto de aplausos no plenário do Comitê Central do PCV à memória de Marulanda e a todos os mortos na luta contra a oligarquia colombiana", declarou Figueras à rede de televisão "Globovisión".
Figueras disse que, entre o PCV e as Farc, "não existe uma vinculação do ponto de vista político e não há nenhum tipo de ajuda militar (…), mas há coincidência de propósitos políticos, já que navegam no grande rio da unidade continental".
O dirigente comunista deixou claro que "não é verdade" que as Farc se tornaram um cartel de narcotráfico ou um grupo terrorista, dizendo que, como "todas" as organizações de "resistência militar e ideológica", elas são "alvo das matrizes midiáticas do imperialismo".
"Não condenamos a forma de luta armada, porque é parte das formas de luta frente um Estado que fecha as vias democráticas", disse.
Figueras também falou dos atos terroristas atribuídos às Farc. "Podem ser condenados como um fato geral, mas não me consta que as Farc os tenham feito", disse.
O PCV também se despediu com um minuto de aplauso de "Raúl Reyes", outro líder das Farc, morto em 1º de março após um ataque do Exército colombiano a um acampamento de guerrilha em território equatoriano.