A união do Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará (Cefet-CE) com as escolas agrotécnicas de Iguatu e Crato criarão no Estado uma estrutura com porte de universidade: o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifet-CE). A proposta de implantação foi aprovada na íntegra pelo Ministério da Educação (MEC) e segue agora para votação no Congresso Nacional. A expectativa é de que a implantação tenha início em dois meses. O Ifet-CE é uma das 38 que o MEC pretende implantar no Brasil.
A nova instituição será composta por 12 unidades – que terão status de campi – distribuídas em todo o Estado, além das dez extensões do Cefet. De acordo com o diretor geral do Cefet, Cláudio Ricardo Gomes de Lima, a criação do Ifet está “intimamente atrelada à expansão do ensino e a um novo ordenamento”. A previsão é que, até 2010, as vagas ofertadas sejam triplicadas e cheguem a cerca de 22 mil. Atualmente, as quatro unidades do Cefet (Fortaleza, Maracanaú, Juazeiro do Norte e Cedro) e as duas escolas agrotécnicas federais do Crato e de Iguatu têm um total de 8.693 estudantes matriculados.
O diretor destaca que os cursos ofertados pelas unidades do Ifet serão orientados pelas demandas regionais. Com a criação do Ifet, conforme Lima, o ensino técnico terá prioridade. 50% das vagas serão destinadas para este nível, seguindo recomendação do MEC. Outra prioridade do Ifet é a formação de professores nas áreas de ciências (Física, Química, Matemática e Biologia). Para esta formação, serão destinados 20% das vagas. As demais serão para cursos tecnológicos, de engenharias e de pós-graduação.
O Ifet irá herdar a relação do Cefet com as escolas públicas. Hoje, 40% das vagas do ensino técnico são destinadas a alunos que estudam no pró-técnico – curso preparatório para os cursos técnicos, que são oferecidos pelo Cefet. Segundo Lima, com o Ifet, serão criados pró-técnicos também no Interior.