Se tivesse a jornada de trabalho reduzida, a maioria dos trabalhadores optaria por ficar com a família ou dedicaria tempo aos estudos. Esta é uma das conclusões preliminares de pesquisa sobre horas extras elaborada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), a pedido da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Segundo dados coletados junto a 3.000 trabalhadores dos ramos de metalurgia, comércio e serviços, química, transporte e vestuário de empresas de todos os portes, a proximidade com a família e o investimento nos estudos são benefícios que vêm à frente de lazer ou de realizar horas extras e mesmo realizar outro tipo complementação da renda.
Pela pesquisa, 43% dos trabalhadores pesquisados declararam ter algum distúrbio em razão das horas de trabalho além da jornada regulamentar. As dores musculares foram a principal queixa, seguida de reclamações quanto ao estresse e distúrbios de sono.
A pesquisa aponta que 46% dos entrevistados trabalham dentro da jornada máxima estipulada por lei de 44 horas semanais. Já 11% dos trabalhadores afirmam ter uma jornada superior a 44 horas.