Uma pesquisa feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), a pedido da CUT (Central Única dos Trabalhadores), aponta que 78% dos trabalhadores nos ramos de comércio, serviços, metalúrgicos, químicos, transporte e vestuário realizam horas extras para aumentar a renda familiar.
Segundo dados coletados junto a 3.000 trabalhadores dessas categorias de empresas de todos os portes, a proximidade com a família e o investimento nos estudos são benefícios que vêm à frente de lazer ou de realizar horas extras e mesmo realizar outro tipo complementação da renda.
As centrais sindicas – Força Sindical, CUT (Central Única dos Trabalhadores), CGT (Confederação Geral dos trabalhadores), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), CAT (Central Autônoma dos Trabalhadores) e SDS (Social Democracia Sindical) se reúnem nesta segunda-feira, 20/02, para discutir a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas e a limitação das horas extras. A pesquisa mostrou que se tivesse a jornada de trabalho reduzida, a maioria dos trabalhadores optaria por ficar com a família ou dedicaria tempo aos estudos.
Proposta
Várias proposições que versam sobre o tema tramitam no Congresso. A mais importante é a PEC nº 231/95, do deputado Inácio Arruda e do ex-deputado e atual senador Paulo Paim (PT/RS).
A PEC altera os incisos XIII e XVI do artigo 7º da Constituição federal para reduzir a jornada máxima de trabalho para 40 horas semanais e aumenta para 65% a remuneração de serviço extraordinário, alterando a Carta de 88. A proposta aguarda criação de comissão especial para análise do mérito. O movimento sindical está buscando a unidade e se mobilizando para pressionar o Legislativo a fim de pautar a matéria.
Com informações da CUT