Sistema automatizado garante produção de redes de dormir


Quem nunca tirou um cochilo em uma rede? No Nordeste, o costume que veio da tradição indígena continua forte há gerações.. A praticidade, flexibilidade e preço acessível, estão entre os atrativos. Pensando em aliar tradição, tecnologia e funcionalidade, a empresa cearense Ramalho Têxtil participante do Tecnova-CE, criou um sistema automatizado de empunhamento de redes.

A empresa desenvolveu um sistema mecatrônico, a partir de softwares paramétricos (projeto 3D) e um sistema de comando e controle automático que irá substituir a metodologia artesanal de fabricação dos punhos.

“A criação permitirá maior produtividade, padronização do produto final e compensação da redução da mão de obra artesã, que já vem diminuindo por falta de interesse das pessoas em dar continuidade a um trabalho completamente manual, além de possibilitar a entrada do produto em mercados internacionais”, explica o coordenador do projeto Carlos Emílio Coelho Ramalho.

A confecção de bobinas de algodão será realizada a partir de um gabarito com distância diametral flexível, para permitir diferentes comprimentos de punhos. A utilização do sistema também trará maior resistência no momento do uso, quando estiver em atrito com o armador metálico. Para o consumidor,  a inovação irá garantir melhor acabamento no produto final.

Para a execução do projeto, a empresa recebeu aporte financeiro de R$ 538.278,91, da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior e a Finep, por meio do Tecnova-CE.

O Tecnova-CE foi criado para apoiar a inovação de empresas de micro e pequeno porte cearenses, por meio da disponibilização de recursos de subvenção econômica da ordem de R$ 20 milhões, oriundos da Finep e Governo do Estado.

O programa financiou 29 empresas cearenses de base tecnológica em setores estratégicos para o Estado: Agronegócio, Eletrometalmecânica e Materiais, Petróleo e Gás, Têxtil e Confecção, Couro e Calçado, Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Biotecnologia.

 

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