O Hospital Infantil possui pouco mais de 20 doadoras atualmente, quando precisaria de, pelo menos, 50 para funcionar com uma margem de segurança
Hoje, a capacidade de atendimento é de dez recém-nascidos,do total de 34 internados na UTI neonatal da instituição
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) tem, em média, 34 recém-nascidos, a grande maioria deles com mães que, também, apresentam problemas de saúde ou residem no Interior e não podem se deslocar para a Capital enquanto os filhos estão na UTI. Porém, o Banco de Leite Humano do hospital consegue atender apenas dez bebês.
A informação é da enfermeira do Banco de Leite do Hias, Iraneide Valência, acrescentando que o Sabin vem desenvolvendo esforços para ampliar o estoque de leite humano, alimentação de fundamental importância para a recuperação dos recém-nascidos internados. “Como o estoque é pequeno, destina-se prioritariamente àqueles que se encontram em estado mais grave”, diz. Os bebês atendidos são prematuros, de baixo peso e consomem cerca de 2,5 litros de leite humano por dia para sobreviver.
Costumeiramente, o início do ano registra uma queda no número de doações, sobretudo devido aos feriados prolongados, quando algumas pessoas viajam para outras cidades. Por isso, antes do Carnaval, explica Iraneide Valência, o hospital iniciou uma campanha, através da mídia, tentando conscientizar sobre a necessidade da doação de leite.
No início da campanha, o Banco de Leite do Albert Sabin contava com 20 doadoras, quando precisaria de pelo menos 50 para funcionar com margem de segurança. Com a iniciativa, o banco de leite passou a contar com mais três voluntárias. Porém, o estoque ainda é baixo.
Além da captação do leite, a equipe multidisciplinar do Banco de Leite Humano Hias – formada por pediatra, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, nutricionista e farmacêutico – é treinada e capacitada para executar atividades de atendimento às mães com dificuldades para amamentar. Para tirar dúvidas, interessadas em doar podem ligar para 0800-2804169 ou 3101-4189.
“Muitas não doam até por desinformação”, diz a enfermeira, frisando que a mãe com leite em excesso pode apresentar ingurgitamento mamário (popularmente conhecido como peito pedrado), o que causa dores na mama. Assim, o hospital repassa todas as instruções necessárias às doadoras, inclusive sobre o estoque. O leite deve ser conservado no congelador por até dez dias. A coleta é feita pelo hospital no domicílio da doadora.
Já o banco de leite do Hospital Geral Dr. César Cals passou a funcionar 24 horas por dia. Segundo a assessoria, a medida trouxe um ganho para as mães que amamentam e têm dúvidas sobre o processo de aleitamento.
Fonte: Diario do Nordeste