Erupção do Kelud fechou aeroportos internacionais e causou a retirada às pressas de milhares de cidadãos da ilha indonésia de Java
Uma erupção no vulcão Kelud causou nesta sexta-feira (14/02) a morte de pelo menos duas pessoas na Indonésia. Outras 200 mil tiveram que se retirar às pressas da ilha de Java, local onde aeroportos internacionais foram fechados em função do incidente.
Segundo informações do jornal local Jakarta Globe, as vítimas são dois cidadãos indonésios de mais de 70 anos. O primeiro deles morreu quando o teto de sua casa desabou; e o segundo, por problemas respiratórios.
O presidente do país, Susilo Bambang Yudhoyono, anunciou hoje que visitará a região afetada assim que as operações de contenção permitam, dentro de dois ou três dias.
As autoridades ordenaram ontem a evacuação dos moradores, após elevar ao nível máximo o alerta do vulcão, que pouco depois lançou a 15 quilômetros de altura uma nuvem de cinzas, areia e pedras.
A erupção do Kelud é ainda mais perigosa em função da densidade populacional concentrada nas encostas do monte. São cerca de 200 mil pessoas em 36 povoados dispersos em uma área de aproximada de apenas 10 quilômetros quadrados no distrito de Kediri, no leste de Java.
O porta-voz do Ministério de Transporte, Bambang Ervan, informou que os aeroportos internacionais de Jogyakarta, Solo e Surabaia fecharam pelo perigo que representava a cinza lançada pelo vulcão, de 1.731 metros de altitude.
A maior catástrofe registrada por uma erupção do Kelud data de 1568, quando os rios de lava e as nuvens de cinza e rochas mataram cerca de 10 mil pessoas.
A Indonésia está localizada sobre o chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, uma área com grande atividade sísmica e vulcânica, e abriga mais de 400 vulcões, dos quais pelo menos 129 continuam ativos e 65 são classificados como perigosos.
Fonte: OperaMundi com informações da Agência Efe