Um relatório publicado nesta quinta-feira (30) pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) mostrou que os países mais pobres não estão obtendo avanços uniformes na tentativa de reduzir os índices de pobreza e melhorar os índices de saúde das crianças do mundo.
O relatório compila estatísticas já divulgadas e se vale de dados novos para mostrar que a melhoria em alguns campos é acompanhada de piora em outros.
Entre os dados apontados está o de que 6,6 milhões de crianças com até 5 anos morreram em 2012 – a maioria delas por causas que poderiam ter sido previnidas.
O país com maior taxa de mortalidade de crianças com menos de 5 anos foi Serra Leoa, com 182 mortes a cada mil nascidos, ficando em 1º lugar entre 196 países. O Brasil teve 14 mortes a cada mil nascidos, o que o em 120º lugar (quanto mais alta a posição, menor o índice de mortalidade).
O país com maior taxa de mortalidade de crianças com menos de 5 anos foi Serra Leoa, com 182 mortes a cada mil nascidos, ficando em 1º lugar entre 196 países. O Brasil teve 14 mortes a cada mil nascidos, o que o em 120º lugar (quanto mais alta a posição, menor o índice de mortalidade).
As nações com menor taxa de mortalidade de crianças com menos de 5 anos foram Luxemburgo e Islândia, com duas mortes a cada mil nascidos.
O relatório também aponta que 15% das crianças de todo o mundo são vítimas de trabalho infantil, que prejudica seu desenvolvimento e acesso à educação. Outro dado alarmante é o que aponta que 11% das meninas se casam antes de fazer 15 anos.
O Unicef pediu aos governos de todo o mundo que tenham mais responsabilidade e elaborem melhores estatístivcas e informações, para pode identificar os problemas que fazem que muitas das 2,2 bilhões de crianças do mundo não desfrutem de seus direitos.
O informe denuncia o aumento da disparidade na mortalidade infantil: 75% das mortes de crianças até os 5 anos ocorriam em países pobres e médios em 1990, contra 87% em 2012.
Avanços
Por outro lado, desde 1990 foram salvas as vidas de 90 milhões de crianças por conta da melhora dos índices de mortalidade infantil, um progresso que o fundo atribui essencialmente às vacinas, mas também aos avanços na potabilidade e no saneamento da água.
As mortes por sarampo entre crianças com menos de 5 anos caíram de 482 mil em 2000 para 86 mil em 2012, graças em grande parte à imunização, que teve sua cobertura aumentada de 16% em 1980 para 84% em 2012, segundo o relatório.
A melhoria na nutrição também possibilitou uma queda de 37% no número de crianças com problemas de crescimento.
A matrícula das crianças na escola primária também aumentou em relação aos parâmetros de 1990, quando só 53% delas iam à escola nos países em desenvolvimento, contra 81% em 2011.
“As estatísticas são necessárias para que o invisível se torne visível e para que se possam cobrar responsabilidades”, disse à imprensa Tessa Wardlaw, chefe de estatísticas do fundo.
Os dados do relatório são oriundos do “Multiple Indicator Cluster Services” (MICS), que, criado pelo Unicef, reuniu estatísticas em mais de 100 países ao longo dos anos.