O ministro do Interior de Israel, Gideon Sa’ar, disse nesta sexta-feira que seu país não aceitará retornar às fronteiras de 1967, anteriores à ocupação de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental nas negociações de paz com os palestinos.
O ministro Sa’ar afirmou também que os negociadores israelenses “insistirão em ficar com Jerusalém unida como capital de Israel”, em rejeição à exigência palestina de estabelecer em Jerusalém Oriental a capital de seu estado.
Em relação à questão das colônias de judeus em território palestino, Sa’ar também rejeitou plenamente a exigência de evacuá-las e disse que não acredita “em desarraigar comunidades judaicas” e não pensa “que isso vá levar à paz”.
Sa’ar ponderou que o governo não podia rejeitar participar das negociações de paz impulsionadas Washington por “responsabilidade internacional” e pela “necessidade de salvaguardar todos os interesses de Israel”.
Este diálogo, no entanto, não é uma continuidade do realizado sob o governo de Ehud Olmert já que, segundo o ministro, a parte israelense tem “novas posições”.
Israelenses e palestinos retomaram conversas de paz após um acordo com a Casa Branca feito em um primeiro encontro das partes em Washington em 30 de julho, que pôs fim a uma estagnação do diálogo de quase três anos.
Ao longo deste mês, as duas equipes negociadores se encontraram em várias ocasiões em Jerusalém e Jericó (Cisjordânia).